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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

NINA: UM CONTO PARA SER LIDO ANTES DA MEIA NOITE DO DIA 31 DE DEZEMBRO ( NINA: A TALE TO BE READ PRIOR TO HALF DAY NIGHT DECEMBER 31)

POR MARI MONTEIRO



Nina cresceu ouvindo os adultos dizerem que, na virada do ano, se deve fazer um pedido. Apesar de achar um pedido só muito pouco, ele sempre o fez. Muitas vezes, de olhinhos fechados, apertava suas mãozinhas, como se isso fosse conferir mais forca ao seu pedido, e  pedia logo uma lista de coisas boas. Amanhecia o primeiro dia do ano e ela esperava, pacientemente, dia após dia que seus pedidos fossem atendidos. Alguns eram atendidos. E, quando isso acontecia, ela pulava e chorava de alegria, mesmo não sabendo ainda quem os havia atendido. 


Durante seus primeiros anos de vida, um dos principais pedidos de Nina era que sua família vivesse pra sempre. Ela não conhecia brinquedos caros para pedir; não via TV e, por isso, não desejava ir a outro lugar  além das montanhas onde via o sol se por.


Mais tarde, por volta de sete anos, Nina conhece outra realidade. A realidade da cidade grande, da impessoalidade, dos dias que parecem passar mais rápido, da rispidez de parentes que não conhecia. Era tudo muito diferente. E, no seu primeiro Ano Novo nessa cidade, seu pedido foi VOLTAR NO TEMPO, ficar com sua família materna e voltar a ver o por do sol nas montanhas. Virou o ano e esse pedido não foi atendido, nem nesse ano, nem nos próximos, muito embora ela continuasse por muito tempo incluindo esse pedido à sua lista. 


Nos anos seguintes, Nina percebeu que a lista não estava diminuindo e sim crescendo. Percebeu também que seus pedidos foram se modificando.  De alguns ela já havia desistido. Além disso, o ano novo neste novo lugar era muito diferente. Todos tinham que colocar roupas novas e tinha que ter muita comida na mesa. E, na casa de Nina, não era assim. Não havia roupas novas e nem mesa farta. Mas, ela ainda insistia nos pedidos. E nada! Pedia uma casa melhor, nada acontecia. Pedia para seu pai parar de beber, nada acontecia. Pedia para não ouvir mais gritos, nada acontecia. Pedia para não ver mais sua mãe chorar, nada acontecia. Era pra desanimar. "Meus pedidos não são atendidos, porque faço tudo errado. Fico vestida com roupas velhas e não tem festa!”- pensava ela.



Na cabeça de Nina, todos que estivessem “de acordo” com o Ano Novo, teriam seus pedidos atendidos. E o pior é que isso explicava muita coisa durante o ano. As coisas não iam bem nos estudos, porque ela não fez o pedido direito.  E nem pensem na palavra “superstição”. Nina nem imaginava que isso existisse.  Além disso, ela perdeu algumas pessoas que ela pediu, com toda forca do mundo, para ficarem com ela pra sempre. E isso doeu.

Embora cada vez mais adulta e “amadurecida” feito fruta colhida verde e embrulhada num jornal, que impede de  respirar para ficar logo “no ponto”, ela ainda tinha a necessidade de acreditar que, mais adiante poderia ser diferente.  Agora Nina sabia quem a,tendia ou não os pedidos. Em Papai Noel ela nunca acreditou. Mas aprendeu a acreditar numa Forca Superior que poderia tudo nessa vida.

A essa altura, ela já possuía entendimento suficiente para saber que somente pedir não adiantava. Ela tinha que fazer a parte dela. E ela fazia. Do seu jeito torto, mas fazia. Não se tornou uma má pessoa porque seus pedidos não foram atendidos. Não sentia inveja das pessoas cujos pedidos “foram atendidos”. Mas, de uma coisa ela tinha certeza: foi preciso acreditar MUITO e SEMPRE para não largar mão de si mesma. E isso lhe fez muito bem, porque, muitas vezes, esperança é só o que  se tem. 


Também já estava claro que os pedidos nada tinham a ver com mesa farta ou roupas novas, brancas, amarelas etc. Nina conheceu muita gente e transitou por muitos lugares diferentes e via que o branco da roupa quase nunca correspondia ao branco da alma. Que na mesa farta da virada do ano, muita gente comia sozinha na maior parte do tempo. Que, depois que  os fogos de artifício silenciavam, não se abria um “portal” para um mundo sem novinho e sem problemas...

Muitas coisas boas aconteceram na vida de Nina. Ela se tornou uma pessoa  feliz. Ela é otimista e sensível. E ser otimista e sensível; às vezes dói. Ela aprendeu rápido que, além de pedir é preciso correr atrás e não é pouco não; que é preciso fazer por merecer; que não tem data prevista para o atendimento dos pedidos (não é porque se pede neste ano que aconteceram ano que vem); alguns pedidos de Nina demoraram muito para chegar; aprendeu que tudo que não teve antes ou que ainda não tem não é tão essencial assim. E, principalmente, aprendeu que não são as coisas que estão ao seu redor que fazem a diferença, mas as pessoas e o quanto de amor você tem para oferecer. 


Se vocês me perguntarem como Nina está hoje, posso afirmar que ela está bem. Ela coleciona momentos e experiências boas e bonitas, tem muitos amigos, tem uma linda família, tem alguém para amar e; bem por isso, ela sabe que, mais cedo ou mais tarde, alguns pedidos são atendidos. Quanto aos que não aconteceram ao longo de sua vida, Nina tem uma explicação bem simples: ela não estava pronta para eles e nem eles para ela. E, quanto à partida de pessoas amadas, ela aprendeu que algumas “viagens”são inevitáveis e que  a ausência, apesar de dolorida nos ensina que se ainda estamos aqui para lembrar de quem partiu, temos a obrigação de viver da melhor maneira possível, porque a vida é um sopro . Nina entende que nem todos os pedidos são atendidos; dependendo dos pedidos, quase nunca serão. Mas, ela ainda fecha os olhos à meia noite e pede.




Só sei que, todos os anos, no dia 31 de dezembro, eu me lembro de Nina, ainda criança, apertando as mãozinhas uma na outra de olhinhos fechados, me lembro de onde ela conseguiu chegar e penso: “vale a pena fazer pedidos e acreditar que, ao menos uma parte deles, se realizará para mim e para você" 



quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

FILME RECOMENDADO: “DEUS NÃO ESTÁ MORTO” (GOD’S NOT DEAD)

POR MARI MONTEIRO



No sábado, dia 06 de novembro, vi na HBO o filme: “Deus não está morto”. A principio eu pensei: “mais um filme gospel”. Contudo, o enredo, apesar de ter sido duramente criticado em 2014, o ano de lançamento do filme, possui diálogos muito interessantes e pertinentes, os quais cabem perfeitamente em discussões nas aulas de filosofia e até mesmo de Língua Portuguesa, já que o poder de ARGUMENTAÇÃO é amplamente empregado durante o filme.

Em tempos de extremismo; radicalismo e fanatismo religioso, convém “abrir a mente” para conhecer outras crenças, não para a mudar  nossa ou a do outro; mas, para aprender a respeitar. O enredo oferece reflexões que instigam o ato de rever nossas posturas e; sobretudo, mensurar nosso nível de fidelidade para conosco mesmos.



Especificamente sobre a QUESTÃO DIDÁTICA presente no filme, este se torna muito “útil” na medida em que questiona a validade do autoritarismo do professor em relação ao aluno. Além disso, são citados pensadores e estudiosos como: Isaac Newton; Stephen Hawking; Fyodor Dostoevsky e outros. o que enriquece muito o DEBATE UNIVERSITÁRIO.

Dentre as muitas falas marcantes durante o filme, estas permanecem latentes em meu pensamento:

“Às vezes, o diabo permite que as pessoas levem uma vida sem problemas para que elas não procurem por Deus.” (fala de personagem)

“Só um risco real testa o poder da fé.” (C.S. Lewis). A propósito, esta citação me fez lembrar outra de Clive Staples Lewis: “NÓS CONSIDERAMOS DEUS COMO UM PILOTO CONSIDERA UM PÁRA – QUEDAS DELE; ESTÁ LÁ PARA EMERGÊNCIAS, MAS ELE ESPERA NUNCA TER QUE USÁ-LO.” Lembrando que C.S. Lewis é o autor do Best Seller:” AS CRÔNICAS DE NÁRNIA”.

Enfim, segue o trailer do filme caso queiram ilustrar uma aula de Filosofia ou refletir sobre nossa própria existência:



segunda-feira, 30 de novembro de 2015

FILME RECOMENDADO: O DOADOR DE MEMÓRIAS (RECOMMENDED FILM: THE GIVER)

POR MARI MONTEIRO


Acredito nas Artes em geral como forma de aprendizado; sobretudo, como uma APRENDIZAGEM DOS SENTIDOS. Penso que a partir de músicas, de filmes, de obras de arte, da dança etc. podemos favorecer o desenvolvimento das nossas habilidades e “descobrir” outras. É por isso que, enquanto educadora, sempre gostei de COMPARTILHAR ARTE.  Sempre há um contexto didático no qual podemos estabelecer um “paralelo” com algum tipo de arte. No caso do filme baseado num Best - Seller mundial: “O DOADOR DE MEMÓRIAS”, é possível desenvolver diversas atividades interdisciplinares nas áreas de: Língua Portuguesa; Sociologia; Biologia; Arte; Filosofia; Literatura; História.



Uma sociedade cheia de regras. Uma delas e a que norteia o enredo é: NÃO MENTIR. Trata-se de uma sociedade muito atípica como verão no decorrer do filme. O pano de fundo do filme é uma sociedade sem memórias que tem como objetivo a padronização do comportamento humano.

Jonas, o protagonista, é um personagem inquieto que, desde cedo entende que não “cabe” naquele espaço. E inicia uma incrível jornada em busca de respostas.



Independentemente de utilizar este filme como “uma ferramenta pedagógica”, vale a pena assistir o filme. Ele AGUÇA NOSSOS SENTIDOS. O fato de o filme “brincar com as cores é encantador. Ele passa gradualmente do preto e branco que descansa a vista para o colorido, proporcionando uma REDESCOBERTA DAS CORES DO MUNDO. A propósito, O enredo nos conduz a atitudes como pensar e ouvir além. As tramas que acontecem nos fazem pensar sobre o QUANTO e sobre COMO valorizamos tudo ao nosso redor, desde o mais simples até o mais complexo acontecimento.



De certo modo, o filme nos conduz à tomada de algumas “decisões” como: escolher entre sentir tudo e arcar com as conseqüências ou tornar-se insensível e não sentir absolutamente nada, tratando os sentimentos antagônicos como ódio e amor; alegria e tristeza etc. como parte essencial da existência humana. Enfim, assistam e façam suas escolhas.


"Sou apenas um ser humano comum, mas não me sinto normal hoje."(OneRepublic)



quinta-feira, 29 de outubro de 2015

SETE MOTIVOS PARA DEIXAR DE SER PROFESSOR (SEVEN REASONS TO BE TEACHER LEAVE)

POR MARI MONTEIRO

Dia desses, conversando com uma amiga, contei sobre não ter passado bem na noite anterior... E; assim que contei, me dei conta de que passei mal porque não escrevi... Porque sou assim, quando algo me angustia, das duas uma ou eu escrevo ou converso com alguém. E, como sempre menciono neste blog, O ATO DE CONVERSAR ESTÁ CADA VEZ MAIS ESCASSO. Então, deveria ter escrito. Não o fiz. Resultado: mal estar e insônia. Além disso, mesmo quando consigo conversar, percebo que estamos cada vez mais impacientes com o outro. Não temos mais paciência de ouvir, nós queremos que tudo seja muito rápido. Ninguém tem tempo a perder.



Precisamos reaprender a falar; olhar nos olhos; tratar o outros com POLIDEZ. Nesse sentido, cabe à educação formal dar o exemplo; justamente a educação formal, local onde enxergo mais falta de educação, muito provavelmente, devido ao fato de a escola não fazer o que é mais que seu dever: HUMANIZAR AS RELAÇÕES.  O papel do professor, “hoje”, não é outro senão HUMANIZAR A EDUCAÇÃO. Como? Através; sobretudo, do diálogo. Ocorre que o professor também está desaprendendo a dialogar (e, quando uso o verbo no gerúndio, estou sendo otimista demais). Isso é muito triste. Estamos perdendo e EMPOBRECENDO nossa principal ferramenta de trabalho: a fala. E, quando digo “a fala”, refiro-me a fala que cala quando é preciso ouvir; outra atitude escassa na educação; tanto nas relações professor-aluno como aluno-aluno e em todas as outras.


Ainda sobre a fala, sou um tanto radical quanto à forma de falar do professor NO CONTEXTO ESCOLAR. Não quero dizer aqui que está permitido ao professor SER BIPOLAR. Explico. Na minha casa, meus familiares não têm, por exemplo, a menor obrigação de falar corretamente, de fazer uso da linguagem formal. E, quando estou com eles ou com amigos em situações informais , me permito falar sem a preocupação com a formalidade da língua culta. A propósito, certa vez, alguém me disse que a Língua Portuguesa (como todo idioma) é como um grande  guarda roupas, repleto de opções para todas as ocasiões e para os diferentes “encontros”; então eu o abro e  escolho um traje formal quando frequento um local que exige formalidade;  escolho um traje esportivo se vou à  academia e assim por diante. Logo, se vou à escola, que é, a priori, um AMBIENTE FORMAL, devo me vestir adequadamente, o que equivale dizer que o PROFESSOR TEM A OBRIGAÇÃO DE FALAR CORRETAMENTE. 


Sempre que converso sobre a necessidade de falar corretamente em sala de aula, não raramente, ouço críticas ferrenhas. As quais eu rebato sem o menor problema, pautada no argumento de que, muito provavelmente, a sala de aula e o “modo de falar do professor” seja o ÚNICO REFERENCIAL de comunicação que o aluno terá. Quais são os outros? Talvez nenhum. 

E o respeito? AH O RESPEITO!!! Cadê? Frequento ambientes escolares todos os dias.  Tenho o privilégio de transitar por diferentes instâncias e níveis de ensino; por isso, posso garantir que POUCAS SÃO AS PESSOAS EDUCADAS EM AMBIENTES EDUCACIONAIS. É um paradoxo? Sim. Porém, é uma triste constatação. No local onde mais se espera ser bem recebido; ouvir conversas civilizadas; presenciar respeito mútuo é onde ouço mais GRITOS e onde presencio mais DESRESPEITO.  Cabe aqui uma ilustração sobre a importância da humanização das relações. Por exemplo, um professor que trabalha com base na HUMANIZAÇÃO e que, portanto, dialoga com seu aluno, não somente veria o lápis usado pelo seu aluno, como também CONVERSARIA com ele para saber o motivo de usar um lápis tão pequeno (cerca QUATRO centímetros), que praticamente, impedia seus movimentos. 


Troquei este "lápis" por um novo,. O aluno, ao me visitar na sala de leitura, estava transcrevendo uma ficha catalográfica com isso. Perguntei se ele tinha outro e  e ele respondeu: "Não Mari, este é meu e da minha irmã.



O Google possui e apresenta, de forma interativa e interessante, infinitas vezes MAIS CONTEÚDOS E INFORMAÇÕES que o professor. Se tivermos como parâmetro apenas os conteúdos de ensino, o Google é muito mais eficiente que nós. Daí, mais um motivo para fazer valer a humanização da educação. Pois, se a escola e o professor podem oferecer, no máximo, conteúdo e informação, então o GOOGLE está anos-luz à nossa frente. Se o professor não TIVER EDUCAÇÃO  E SENSIBILIDADE SUFICIENTES para tratar seus alunos e seus pares de modo respeitoso, então o aluno não sentirá nenhum “diferencial” entre seu professor e seus colegas fora da escola.

  


Reparem que ainda não fiz alusão alguma à questão salarial ou à valorização profissional. Ouço professores justificarem suas práticas pedagógicas nada dignas com argumentos como: “NÃO GANHO PRA ISSO!”; “A GENTE FAZ DE TUDO E NINGUÉM DÁ VALOR!”. Se estes argumentos são válidos ou não, é uma questão de perspectiva. Porque, desde que presto um concurso ou me inscrevo para a função docente, estou ciente do salário. A questão da valorização é ainda mais relativa. Há gestores, comunidades e familiares que valorizam seus profissionais; outros, não. Logo, devemos ponderar sobre alguns aspectos:

- se a qualidade da minha prática está diretamente associada ao salário que aceitei, DEVO FAZER POR MERECÊ-LO, atuando de forma ética e responsável;

- se o nível da qualidade da minha prática DEPENDE DA VALORIZAÇÃO por parte da Gestão escolar, dos familiares e dos meus pares, consequentemente, minha prática oscilará de acordo com os elogios que poderei ou não receber. 

Isso demonstra o quão somos frágeis ou nos tornamos frágeis em relação à função docente. É preciso ter muita vontade e responsabilidade social para CONTINUAR DOCENTE. Entendo que há muitos problemas e obstáculos profissionais e pessoais enfrentados por nós, professores; mas entendo também que o “adulto” da relação, teoricamente, somos nós; principalmente, no sentido de possuir mais vivência que o aluno. Daí nossa responsabilidade e DISCERNIMENTO para sentir quando não dá mais; quando já ultrapassamos nossos limites de CIVILIDADE. E, uma vez, constatado isso, é UM CRIME CONTINUAR EM SALA DE AULA. 


Sempre que escrevo um artigo sobre prática docente tenho a sensação de “Déjà vu” ou de “mais do mesmo”. É uma temática clichê? Sim. E é justamente isso que me instiga a deixar alguns questionamentos:
 

1 – Uma vez que já se falou, estudou e falou tanto dobre as questões que envolvem as relações pedagógicas levando o tema, praticamente à exaustão, POR QUE AS “COISAS” NÃO MUDAM?

2 – Por que ainda ouço tantos GRITOS em sala de aula? Ouço expressões como: “Cala boca vocês dois!”; Não estou falando com você! Que saco!”“; “Não tem mãe não moleque?”... Tem muito mais... Fica pra outra vez!

3- Por que boa parte dos professores tem dificuldades de argumentar (tanto oralmente como por escrito):

4 – Por que a maioria de nós não tem o hábito de ler?

5 – Nos colocamos no lugar dos alunos; ou seja, conseguimos nos distanciar da “cena” e analisar nossa CONDUTA PEDAGÓGICA?

6 – Eu gostaria de ter aulas com um professor com meu perfil?

7 – E, finalmente, meu questionamento favorito: De que os alunos se lembrarão  quando “deixarem” a escola? 


Obviamente, tais questionamentos são apenas pontos de partida para reflexões individuais; porém, sintam-se à vontade para comentar, argumentar, contradizer... Enfim, após respondermos pra nós mesmos estas questões, basta um pouco de BOM SENSO. Se soubermos todas as respostas e continuarmos fazendo a “coisa errada” e, além disso,  NÃO ESTARMOS FELIZES COM O QUE FAZEMOS, é porque temos motivos suficientes para deixar a carreira docente.  Fato é que OS BONS DOCENTES QUE CONHEÇO possuem um perfil interessante que nos leva à constatação de que, independentemente de elogios; valorização ou “melindres”, eles enfrentam os obstáculos (que não são poucos) e ministram suas aulas com qualidade e com dignidade. Quando estiverem num ambiente escolar, reparem em volta e observem a FISIONOMIA dos professores. É fácil identificar os bons professores: ELES SÃO FELIZES E BEM HUMORADOS apesar de todos os fatores contrários. E “estão felizes” não quer dizer que sorriem o tempo todo; significa que ele SORRI PARA SEUS ALUNOS (E COM SEUS ALUNOS); que usa um TOM DE VOZ AGRADÁVEL (eu não sei quem disse que professore tem que gritar – e, pior – vira mania: grita em casa; na fila do banco etc.), eles ESCUTAM os alunos; que NÃO É RANZINZA, CARRANCUDO E “RECLAMÃO” (o que é diferente do professor consciente, que se manifesta educadamente com bons argumentos). Por fim, os PROFESSORES, aqueles que podem (e devem) continuar na carreira docente, são aqueles que NÃO MATARAM A CRIANÇA QUE VIVE DENTRO DELES. 


domingo, 18 de outubro de 2015

FELICIDADE ESTILO "FAST": UMA DOENÇA SOCIAL (HAPPINESS STYLE "FAST": A SOCIAL DISEASE )

POR MARI MONTEIRO




"(...) Sentimento pegue   e pague;
emoção comprada em tablete;
mastigue como chiclete e  jogue na sarjeta;
Compre um lote do futuro, cheque para 30 dias;
plano de  seguro cobre nossa carência
Eu perdi o paraíso, mas ganhei a inteligência,
demência, felicidade propriedade privada: não se prive, não se prove.
Don't tell m epeace and love
Tome logo um 'Engov' para curar sua ressaca
da modernidade essa  armadilha matilha de cães raivosos e  assustados
o presente não devolve o troco do passado
Sofrimento não é amargura
Tristeza não é pecado
Lugar de ser feliz não é supermercado. (...)" - (In. Piercing - By Zeca Baleiro)



Ah! A Pressa. A pressa com que nos falamos (quando nos falamos); com que caminhamos (quando caminhamos); com que escrevemos (quando não estamos abreviando tudo nas redes); com que lemos (mais de 140 caracteres); com que fazemos amor (fazemos? Amor ou Sexo?); com que conversamos (conversamos? Ou só falamos com o outro quando nos interessa e sobre “coisas específicas”?). Tudo tão efêmero.


Diante disso, sempre me questiono: "ESTAMOS VIVENDO OU APENAS SOBREVIVENDO".  A impressão que temos é que apenas orbitamos em torno de pessoas; circunstâncias; objetos; empregos etc. Em nada há profundidade. E se há, como eu INSISTO QUE HAJA, logo ouço algo assim: “lá vem!”“; “Já vai filosofar!”. Muito provavelmente, porque tudo é tão superficial; principalmente as relações sociais, é que  chegamos onde estamos: EM TODOS OS LUGARES AO MESMO TEMPO; MAS, EM NENHUM, DE FATO.


Temos os recursos tecnológicos  e não fazemos uso de seu potencial para FIRMAR RELAÇÕES; para tratar de questões mais profundas; para mudar padrões comportamentais... Só pra ilustrar, tenho um a amiga muito querida no Facebook, pela qual tenho uma profunda admiração  e respeito. Mas, nunca nos vimos pessoalmente. Dias destes, conversando, ela escreveu: “por que não nos encontramos; afinal, moramos na mesma cidade?”. Achei isso o máximo! Claro que topei na hora e  ainda propus que poderíamos promover algo como um ENCONTRÃO DO FACEBOOK” entre  nossos amigos em comum. Seria uma excelente oportunidade para muita gente se conhecer pessoalmente e CON – VER – SAR  , sem pressa, sem uma tela entre nós.




Não me agrada este “AFASTAMENTO” dos outros e de nós mesmos. A convivência é o que nos torna “mais ricos”, melhores, mais tolerantes. Só posso aprender com o que é diferente de mim. Só o que for diferente daquilo que já trago comigo, e que considero positivo, segundo meus valores e minha ética, é que pode acrescentar algo ao que já sou. NÃO HÁ “MUTAÇÃO EMOCIONAL; FÍSICA OU SOCIAL”, se me acovardo e não enxergo e nem compreendo o “novo” e o “diferente”. E isso implica certas doses de sentimentos um tanto escassos entre nós: tolerância; humildade; gratidão; reconhecimento; compreensão e amor  ao próximo.




Como dito na composição "Piercing". de Zeca Baleiro, "(...) o presente não devolve o troco do ; sofrimento não é amargura; tristeza não é pecado - ligar de  ser feliz não é supermercado. (...)", vivemos numa onda em que acreditamos ( A - CRE - DI - TA - MOS!) que  a felicidade está nas coisas e não nos acontecimentos. E aí, quando quebra uma "coisa" que me me deixou feliz, é simples, compro outra igual ou melhor. DESCARTO E SUBSTITUO. É como se dependêssemos mais das "COISAS" que TEMOS e que podemos comprar do que das SITUAÇÕES  que envolvem outras pessoas e podemos vivenciar. Possuir uma coisa é mais importante do que se relacionar com pessoas. Pessoas dão trabalho e coisas não. Nós  as compramos  e ficam lá sob o nosso poder. Nós  temos  a ilusão de que tudo está sob nosso controle nos relacionado com coisas ao invés de pessoas. 


Essa "condição de vida" me deixa muito triste. Para  falar e escrever sobre isso, não há muito como fugir dos clichês. Fato é que  gostaria muito que  a maioria de nós percebesse o quanto estamos DISTANTES e ISOLADOS uns dos outros; o quanto isso está  tornando mais débil nossa vida social. Conheço pessoas que, em algumas  circunstâncias (confesso que  eu também me sinto assim), sentem-se desconfortáveis em meio a outras pessoas, independente do grau de parentesco ou de amizade; elas não se olham nos olhos, não se  sentem à vontade, ficam tensas. E, pior, há um discurso muito forte e que ouço com uma frequência cada vez maior,  de que amigos verdadeiros cabem na palma da mão. Meu Deus! Onde estão as pessoas com as quais cresci? Cadê meus parentes queridos (NÃO GOSTO DE TODOS rsrs,  mas alguns, eu amo!); Cadê meus pais? Cadê meus irmãos? Cadê meus amigos ( e não colegas) de trabalho? 



Acrescento que não considero este nosso comportamento isolador  e imbecilizante como resultado apenas do crescente número de relacionamentos apenas virtuais e nem da parafernália que existe pra esse fim. Pois, há muito tempo, Anne Frank escreveu algo como: "Prefiro escrever, porque o papel é mais pacientes que  as pessoas." Porém, ainda creio que haja como fazer com que tudo possa acontecer harmoniosamente. Posso ter meus amigos virtuais em todas as redes que eu quiser e posso também CONTROLAR (tipo: sou eu quem decide quando mexer no meu celular e não ele a cada som que  emite) para  acessar minhas redes, verificar notificações; responder contatos etc.





É NECESSÁRIO E URGENTE DESMATERIALIZAR A FELICIDADE e sair por aí "catando" os fragmentos dos momentos felizes e vivenciando-os imensa  e intensamente. Mas, antes, é necessário REEDUCAR e TREINAR nossos sentidos adormecidos e atormentados por tanta informação; por tanta pressa; por tanta cara séria; por tanta gente que tem, mas não É; por tanta culpa que colocam em nossas costas; por tanto falso moralismo... Enfim, vamos "tirar o pé" e fazer as coisas que queremos fazer e não comprar as coias que, supostamente, farão com que sejamos felizes e com que os outros gostem da gente. As pessoas (ao menos eu) criam vínculos afetivos umas com as outras porque se e encontraram e conversaram; porque se tocaram; porque choraram juntas; riram juntas; porque se abraçaram... Porque se PERMITIRAM... Vamos COMPARTILHAR além das Redes, mesmo porque antes de qualquer foto ser postada, aquele momento EXISTIU DE VERDADE; então que a foto seja o retrato fiel de um momento marcante e merecedor de ser eternizado.  Pois como diz nando reis, "TORNAR O AMOR REAL EXPULSÁ-LO DE VOCÊ PRA QUE ELE POSSA SER DE ALGUÉM DE ALGUÉM." Em tempo de não perdemos as pessoas que amamos...


terça-feira, 13 de outubro de 2015

E SE A “MARI” FOSSE PRESTAR O ENEM 2015? (WHAT IF "MARI" WERE SUPPLIED The ENEM 2015?)

POR MARI MONTEIRO



Faltam exatos ONZE dias para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). E isso é muito bom dependendo, claro, do ponto de vista. Alguns acreditam que na reta final é necessário acelerar e “recuperar” o prejuízo, outros acham que é tempo de revisar conteúdos... E por aí vai. RESPEITO CADA DECISÃO.  Contudo, tenho uma opinião muito única com relação ao ENEM, VESTIBULARES e CONCURSOS EM GERAL. Penso que o conteúdo do ENEM e afins é o que estudamos durante, no mínimo, TODO o Ensino Médio e não aquilo que se aprende em intensivos ou em simulados quando estamos no 3º ano Médio ou às “vésperas” de realizar as provas. 


O conteúdo do ENEM é uma soma dos conteúdos de ensino e das nossas VIVÊNCIAS. Ou seja, se eu nunca me dediquei durante todo o EM, como poderei passar numa prova tão abrangente, estudando apenas nos últimos meses? Uma vez que o ENEM leva em conta a CONTEXTUALIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS de ensino, tudo que foi feito ao longo vida escolar no que se refere à educação formal é somado à experiência de vida de cada um. Daí a importância de um repertório relevante e significativo acerca das obras lidas; dos filmes assistidos; das poesias e das composições ouvidas. Da qualidade deste repertório dependerá; por exemplo, a QUALIDADE DA REDAÇÃO. Isso porque o que escrevemos está diretamente relacionado ao “tamanho” do nosso vocabulário; o que equivale afirmar que QUANTO MAIOR E MAIS REQUINTADO FOR O NOSSO VOCABULÁRIO, maior será a chance de elaborarmos uma redação que atenda às exigências do ENEM, que inclui a ARGUMENTAÇÃO ESCRITA. E, obviamente, um bom vocabulário não se constrói em alguns meses, mas, ao longo de toda uma existência.
 


Todas as atividades realizadas durante o Ensino Médio e que, no momento da elaboração, não as consideramos importantes se perdem com o tempo. Ao contrário, se fizermos tudo com afinco e com DEDICAÇÃO, as atividades tendem a adquirir uma importância e um “peso” tal, que poderão ser facilmente “pinçadas” de nossa memória sempre que precisarmos. Aí entra o papel e a POSTURA DO PROFESSOR DO ENSINO MÉDIO! (Jamais deixaria a responsabilidade de ser aprovado no ENEM apenas nas “costas” do aluno; “Fifty-fifty”).  Cabe ao professor, dentre outras coisas, desenvolver os conteúdos empregando recursos diversificados como músicas; filmes; imagens etc.; elaborar atividades que conduzam o aluno à reflexão e à crítica; fazer “links” entre as  informações do dia a dia (notícias) com  a necessidade de INTERPRETAR as informações veiculadas etc. 


Diante disso, suponhamos que eu fosse prestar o ENEM 2015, minha tática “seria” a seguinte (sempre fiz isso e sempre deu certo! rs): DESACELERAR; “tirar o pé”; descansar minha mente. Dormir bem antes da prova, chegar tranquilamente no local, me acomodar da melhor forma possível e PENSAR, PENSAR E PENSAR! Em que? Em tudo que APRENDI e VIVENCIEI! No caso das questões de múltipla escolha, na medida em que eu fosse lendo os enunciados, buscaria na minha mente situações similares. Ao ler cada alternativa, por eliminatórias, riscaria as alternativas “impossíveis” e reveria atenciosamente as demais para assinalar a supostamente correta. Se, ainda assim, não conseguisse responder, iria pra questão seguinte; depois, voltaria revendo as que não estivessem feitas.


 

No caso da elaboração da redação, primeiramente, leria os “textos – base”, que podem ser compostos por fragmentos de artigos de periódicos, gráficos, HQ, reportagens etc. Em seguida, destacaria a ideia central de cada item. A partir daí começaria meu rascunho. Escreveria, a princípio, sem me preocupar com questões ortográficas; mas, sim, focada na articulação entre minhas idéias e a temática proposta. No primeiro parágrafo faria a apresentação da proposta/temática da forma mais CONSISTENTE possível (daí a necessidade de estar plugado (a) nos acontecimentos atuais). Num segundo parágrafo, me posicionaria em relação à temática e argumentaria a fim de CONVENCER o leitor de que estou plenamente convicta do que escrevi. E, num terceiro e último parágrafo, apresentaria uma solução para a temática em questão. Contudo, deveria se tratar de uma solução VIÁVEL. A redação do ENEM é totalmente pautada em temáticas reais e atuais que, portanto, requerem soluções praticáveis. Além disso, este parágrafo é conclusivo e deve dar conta de RETOMARideia central do primeiro parágrafo e de “fechar” o texto. Finalmente, revisaria CALMAMENTE meu texto e atentaria para o número de linhas.

 

 Contudo, sabemos que cada um tem um ritmo de aprendizado e, de algum modo, a esta altura, já traçou suas estratégias para obter o melhor resultado possível na provas. Portanto, não estou prestando um “DESSERVIÇO” aos estudantes ou incentivando a “vagabundagem pedagógica” (adoro este termo, logo publicarei um artigo com este título). A questão é que a INCOERÊNCIA é NÍTIDA: ou estudamos sempre (e nunca é o suficiente, aprendemos até a morte...) ou tentamos a sorte. E, se tem uma coisa na qual eu não acredito é na SORTE! Então, FAÇAMOS POR MERECER




segunda-feira, 5 de outubro de 2015

EDUCAÇÃO E RESPONSABILIDADE SOCIAL: QUARTA CAMPANHA DE DOAÇÃO DE SANGUE DO COLÉGIO EM BUSCA DO SABER (EDUCATION AND SOCIAL RESPONSIBILITY: FOURTH CAMPAIGN COLLEGE OF BLOOD DONATION IN SEARCH OF THE KNOW)

POR MARI MONTEIRO



No último dia 02 de outubro, o Colégio Em Busca do Saber, localizado à Rua Vitório Veneto n° 952, Vila Vitória, Mauá e dirigido pela Sra. Marina Mastrangi  e coordenado pelas Professoras Ligia Procópio e Tania Castilho, realizou  a QUARTA CAMPANHA DE DOAÇÃO DE SANGUE.


Como moradora do bairro e; sobretudo, como educadora tive uma grata surpresa ao chegar ao Colégio para participar da Campanha. Literalmente, a escola – mais, a rua – BRILHAVA. Eram muitas, cores, pessoas, sorrisos, olhares e abraços que ACOLHIAM.



E foi exatamente assim que fui recebida: com muito carinho por toda a Equipe Pedagógica do Colégio; bem como, pela Equipe do Centro de Hemoterapia São Lucas. Enquanto aguardava os protocolos para a doação, olhava em volta como uma criança em um parque de diversões (coisas bem “Mari” mesmo, quem me conhece, sabe disso rsrsrs). Encantada! Isso porque imaginava que era primeira vez que o Colégio realizava este evento, imaginem agora que sei que foi a QUARTA!




Minha surpresa era tamanha que cheguei a comentar com várias pessoas na fila, o quanto eu considerava louvável tal ação. Isso porque sou professora há 20 anos, atuando tanto nas instâncias  privadas, municipais e  estadual  e  nunca havia me deparado com uma  AÇÃO SOCIAL TÃO SIGNIFICATIVA. Pensava comigo mesma: ”isso é um gesto de amor ao próximo, que educa mais que qualquer conteúdo! É ATITUDE. É EXEMPLO para os alunos e para a comunidade. Preciso divulgar de alguma forma.” E foi assim que tive a honra de publicar este artigo no meu blog.




Todo o processo de doação foi memorável, mas há um, em particular, que gostaria de compartilhar com todos. Dr. Valdir Camillo, sem dúvida, um dos profissionais da medicina mais humano que conheço, foi o médico responsável pela triagem dos doadores. Durante a entrevista para a aprovação do candidato à doação, sem a menor pressa, falava a cada um de nós, inclusive para mim, palavras dignas de serem compartilhadas. Tentarei aqui, humildemente, reproduzir o que ouvi:

- Bom dia!

- Bom dia doutor?

- Como vai? Está bem? (e fez as devidas perguntas de praxe constantes da ficha).

- Sou doadora há tempo pelo Centro de Hemoterapia São Lucas. Tanto que quando digitaram meu nome no computador, já apareceram todos os dados.
Ele segurou minha mão e, olhando fixamente nos meus olhos, disse:

- A senhora faz a diferença. A senhora tem filhos?

- Sim tenho.

- Qual a idade dele?

- 32 anos.

- Então a senhora vai fazer o seguinte; hoje, a senhora vai segurar a mão dele, olhar bem nos olhos deles, assim como estou fazendo agora, e vai lhe dizer: “Filho, hoje sua mãe contribui para que uma vida seja salva. Neste momento, é bem provável que um jovem da sua idade esteja podendo olhar a mãe dele, assim, nos olhos, graças à ação que pratiquei hoje.”


Jamais me esquecerei desta conversa. Também não esquecerei que Dr. Valdir Camillo diz isso, de maneiras diferentes e VERDADEIRAS a cada um dos doadores que passam pela sua sala.  É bem como dizem mesmo: “a boca fala sobre aquilo que o coração está cheio.”





Desejo que, através da publicação deste artigo, além de poder ter demonstrado minha imensa gratidão a todos os envolvidos neste evento realizado pelo Colégio Em Busca Do Saber, que esta INICIATIVA LOUVÁVEL seja amplamente valorizada e – por que não – realizada por outras Instituições de Ensino do Município, do Brasil e do Mundo.  Tenho certeza de que este evento aconteceu (pela quarta vez, diga-se), principalmente, porque pessoas SENSATAS E SENSÍVEIS que trabalham com educação (virtudes raras de ser encontradas juntas) dialogaram e decidiram que os eventuais obstáculos para a realização de um evento destes podem e devem ser superados em nome da SOLIDARIEDADE e da RESPONSABILIDADE SOCIAL!


Enfim, que este evento seja muito divulgado e lembrado até a QUINTA CAMPANHA que, certamente não tardará acontecer.  Apreciem alguns registros fotográficos.   Vejam as cores; a alegria e a DEVOÇÃO de TODOS!!!


► Mais uma vez, GRATIDÃO a TODOS e meu mais sincero RECONHECIMENTO!

































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