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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

ANITTA E A "DESCONSTRUÇÃO" DE PADRÕES (ANITTA AND THE "DECONSTRUCTION" OF PATTERNS)

POR MARI MONTEIRO



Tempos  atrás escrevi uma dura crítica nas Redes Sociais sobre Anitta ter sido eleita  a "Mulher do Ano". Continuo achando que não é pra tanto. Porém, se tem algo que me causa uma profunda sensação de liberdade é MUDAR DE POSICIONAMENTO; não ser engessada.  Além disso, rede social é um espaço - inclusive - para trocar informações; aprender com novas informações... Inúmeras vezes já agradeci a amigos virtuais por criticarem ou complementarem posts meus, cuja visão estava equivocada. Isso é interação; aprendizado. Por outro lado, quando a pessoa é por demais radical e bitolada, a briga (baixaria até) ocupa o espaço do diálogo. E aí... É simples! Um abraço!


Com Anitta aconteceu algo similar. Soube hoje de informações e de um contexto que , particularmente, desconhecia. O que não quer dizer que passei a amar o Funk e a cantora. Mas,  que hoje que tenho mais respeito pelo cenário musical em que ela transita.


A propósito, isso tudo tem  a ver com o empoderamento, com o ato de assumir-se e acreditar em um objetivo até atingi-lo.  E está diretamente associado à  educação. Sobretudo, porque precisamos com urgência deixar claro, desde cedo, para nossos alunos, que NINGUÉM É OBRIGADO a possuir um padrão de beleza determinado por uma elite medíocre e burra. Se, enquanto pais e  educadores, conseguíssemos minimamente esse feito, certamente teríamos menos crianças e adolescentes sofrendo com as mazelas do bullying.


Enfim, é uma delicia não ser RADICAL e nem FANÁTICA, poder mudar de ideias e  rever conceitos. Foi que fiz  após a explicação de Spartakus:


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

BRASIL NU - Naked Brazil

POR MARI MONTEIRO





Gostaria muito de ter escrito isso. Mas, já que não escrevi, compartilho com vocês. Isso de  a gente continuar "empurrando tudo com a barriga (aliás, coisa bem de brasileiro mesmo) me incomoda  a ponto de adoecer meu corpo físico. A gente se encontra na rua e um diz ao outro:

"- Olá, como vai?
- Estou indo. E você?
- Também. caminhando. O importante é que... " - E é aqui que a gente se habituou a ser hipócrita em um grau elevadíssimo, as respostas se completam, geralmente, nessa sequência: 

"- estamos com saúde!"
"- estamos trabalhando!"
"- temos o que comer!"
"- não estamos deitados em um hospital!"
"- estamos sobrevivendo!"
"- estamos vivos!"

Ok, Gratidão é importante? Super importante. A questão é que nos habituamos ao "POUCO" e, quando a gente percebe está saltitante e feliz porque se pode correr atrás de migalhas. Isso não deve ser assim. É preciso enxergar. Admitir que está ruim. Que falta oi básico pra mim, pra você e pra maioria do povo brasileiro. E é bem aqui que eu emputeço cada vez mais: a maioria está "QUIETA". É como se estivéssemos vivendo numa realidade paralela... As mazelas não chegarão até nós. Já nos esfolaram. Os aumentos de impostos não nos atinge. Pagamos um dos impostos mais caros do mundo e não vemos retorno. Os corruptos serão presos. Serão presos e soltos em seguida ou ficarão em prisão domiciliar com todo conforto que nunca conheceremos ou em hospitais com recursos que também nunca conheceremos. E assim vamos caminhando. Rumo ao quê? Não sei. Só mesmo relendo Jabor... 


As palavras  da crônica  abaixo,a propósito, atribuídas a Arnaldo  Jabor e outros tantos nomes que circulam na Internet, são duras; mas é disso mesmo que precisamos: de um "choque de mente", como dizia uma saudosa vizinha querida. Sabe  aquele tapa na cara que se dá quando estamos fora do corpo de tão desorientados? Então, este texto é bem isso. E, acreditem, todas as vezes que releio, meu rosto arde e ruboriza. E isso não é vergonha. É brio.



"- Brasileiro é um povo solidário. 

Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
...Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. ..
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.


- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.


- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.
Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira..


Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.


- O Brasil é um pais democrático.. Mentira.


Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.


Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto.... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?
Grande coisa...


O Brasil é o país do futuro.
Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar."






segunda-feira, 23 de outubro de 2017

BULLYING: O QUE TEMOS COM ISSO? ( BULLYING: WHAT DO WE HAVE WITH THAT?)

POR MARI MONTEIRO




Como professora de Ensino Fundamental I, II e Médio eu já presenciei, lamentavelmente, inúmeros casos de bullying. E isso não é de agora. Acontece há décadas. É que, quando “ganhou” este termo em inglês, ganhou mais notabilidade.  Têm uns 15 anos, um a aluna chegou pra mim e disse:

- Professora, aquele mininu ali tá bulinando ni mim! (sic)
 

Pois é já era o tal do bullying, mas falado na nossa língua. Após conversar melhor coma  garota, entendi que o garoto estava enfiando o lápis no cabelo dela e dizendo que tinha ficado preso, porque o cabelo dela era crespo. Parece pouco não é? Mas, não é. Para uma criança que só conhece bonecas e personagens de TV com cabelos lisos e soltos, isso causa desconforto.  E prestem atenção ao tempo verbal usado por ela: “BULINANDO”; ou seja, estava acontecendo... Não foi uma vez, foram várias até que  ela me falasse.
 


Em momentos similares, em minha concepção, já cabem providências como debates; rodas de conversas sobre diversidade  e sobre aceitação. Mas, na maioria dos casos, a cena  se resume a uma bronca pública como:

- “Fulano, pare de mexer coma  colega!”


E a gente, ingenuamente, pensa que  resolveu a situação. Não resolvemos não apenas este caso, como borbulham outros tantos  e diversos nas salas de aula. E, pior, apesar de o bullying ser uma prática diária nas escolas (e na vida social...) em qualquer idade, o assunto só vem à tona quando ocorrem tragédias decorrentes do tema. Passados alguns dias, retomamos nossa rotina de indiferenças. Fingimos que não vimos isso em casa ou na escola; fingimos que não é conosco ou com nossos parentes.
 



O agravante maior é IGNORAR OS SINAIS.  Aprendi nestes anos de experiências algumas ”coisinhas” valorosas:
 
- Todos sofrem bullying, inclusive adultos e os PROFESSORES.

- As consequências do sofrimento de bullying se agravam com  achegada da adolescência.

- Cada indivíduo lida com o isso de forma diferenciada: uns se isolam; outros se tornam mais agressivos e reagem verbal ou fisicamente.

- O bullying pode  ser praticado até mesmo de forma “silenciosa”, apenas com olhares de reprovação.

-  Nenhuma vítima de bullying “surta”  sem dar “sinais”.

- Conversas em casa e na escola ajudam muito na compreensão “do diferente” e da prática do respeito mútuo.

- Existem diversos filmes e documentários que tratam de Bullying  e  de Cyberbulling. Aqui mesmo no blog, existem algumas recomendações feitas em artigos anteriores.
 

Outro aspecto a se pensar é que a diminuição da proximidade e do diálogo entre as pessoas (seja na  escola ou fora dela) está contribuindo muito para que a vítima de bullying “se feche” e não tenha coragem de falar sobre o assunto com ninguém. Tal comportamento aumenta a possibilidade do surgimento de transtornos comportamentais, depressão e síndrome do pânico, podendo avançar para consequências graves.
 

Obviamente, este pequeno artigo não encerra as discussões e nem resolve o problema; mas, fica o espaço para discutirmos de modo cada vez mais consciente o tema e não deixar que mais vítimas sofram com isso. Este espaço é nosso!!!
 
 


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

CRIANÇA SENDO CRIANÇA (CHILD BEING CHILD)

POR MARI MONTEIRO



Certa vez ouvi (não me lembro d e quem) que “temos apenas sete anos para ser criança e o resto da vida para sermos adultos.” Desde então, sempre penso nisso.  Outra coisa que ouvi -  e esta mais recente, numa pesquisa divulgada pela mídia – é que  idade mínima RECOMENDAVEL para que uma criança tenha um tablet; Ipad; celular etc é DOZE ANOS.

As propagandas do dia da Criança – nos canais por assinatura – incluem CELULARES e IPads como sugestões de presente.  Não que eu seja radicalmente contra o acesso das crianças a aparelhos eletrônicos, afinal eles nasceram na Era Digital. A questão é o quão patético é você ver pais  e filhos; inclusive, em eventos, cada um no seu celular... Apáticos, sem trocar palavras. Já sei. Vão dizer: “Lá vem a Mari com  a história do EQULÍBRIO!” Sim, Insisto há que se dar um jeito nisso. Logo não conseguiremos mais conversar com nossos filhos e netos pessoalmente.

Reparem numa criança de 3, 4, 5 anos... Assistindo vídeos no celular. Eu reparo nisso. Gente é MACABRO. Nem piscam. A gente precisa chamar três ou quatro vezes pra criatura perceber que estamos ali. E os olhos? Percebam que ficam “secos”; absortos... E,  junto com vídeos, milhares de anúncios eficazes para fixar o “CONSUMISMO TOUCH”.




Além disso, já presenciei em vários lugares e em situações diferentes, adultos "dando" o próprio celular para a criança se "entreter". Outro dia esta cena no consultório médico: a criança não tinha dois anos ainda, ficou inquieta no colo e a primeira coisa que a mãe fez foi ligar o celular num joguinho barulhento e colocar nas mãos da criança. Pronto. Fez se o silêncio!


E o que isso tudo tem  a ver com o Dia da Criança? Tudo. Tenho certeza de que os pais que puderem presentearão  suas crianças com algum aparelho eletrônico. O que eu tenho a ver com isso? Nada. Apenas estou lhe convidando para pensarmos juntos.

Por outro lado, sou radicalmente contra  a ADULTIZAÇÃO e a EROTIZAÇÃO da criança. Ela simplesmente não tem mais parâmetros; o que equivale  a não ter escolhas. São bombardeadas com crianças com visuais de adultos, com tutorias de make e com coreografias de funk no Youtube.  Nós tivemos escolhas. Somos privilegiados. Conhecemos o analógico  e o digital. VIVENCIAMOS A TRANSIÇÃO. Eles não sabem o que é a pré internet.





Muitos dirão: "Mas os tempos são outros! Agora é tudo diferente e mais perigoso!" E eu direi: "Mas, ainda existem parques; terra. grama. espaço e algum,as árvores... AINDA. Quanto a ser um tempo mais perigoso, ficar "conectado", preso em casa, crescer atrás de uma telinha também tem certo, grau de periculosidade.


Enfim, a proposta é que pensemos juntos sobre o que  a gente faz ou deixa de fazer com as crianças não apenas no “seu dia”; mas “vezenquando”. A gente:
- Conta histórias?

- Lê livros pra eles antes de dormir?

- Brinca na praça?

- Anda de bicicleta?

- Solta pipa?

- Joga bola?

- Conversa sobre a escola  e sobre o dia?

- Estimula  a curiosidade?

- Desliga  a TV e propõe  uma brincadeira?

- Canta junto?

- Dança junto?

- Imagina desenhos nas nuvens?

- Vê o por do sol?

- Mostra a Lua?

- Vê retratos  e conta sobre sua infância?

- Ensina de onde vêm os alimentos?

- Pula  amarelinha?

- Faz uma “prece” junto? (nada  a ver com religião, mas com fé -  a fé que você acredita)

- Brincam com um pet? (nem que seja um  beta no aquário?)

- Toma banho de chuva?

- Explica de onde vem os alimentos?

- Ensina a valorizar toda forma de trabalho?

- Pula corda?

- Faz brinquedos em casa?

- Ensina cuidar do meio ambiente?

- Faz as refeições à mesa?

- Tem um balanço no jardim de casa ( ou na casa dos avós)

- Se preocupa em ter um quintal?

- Anda descalço na terra?

- Planta árvores ou flores? (Pode  ser um cacto pequenininho..)

- Colhe fruta do pé?

Então, não reclamemos e nem temamos o futuro do Planeta... Nós  contribuímos todos os dias para o aumento da INDIFERENÇA; para a “mecanização” das ações; para o descaso; para o silêncio e para dias obscuro e perspectivas duvidosas.
Eles não têm culpa!




quarta-feira, 4 de outubro de 2017

E TUDO MUDOU... (AND EVERYTHING CHANGED ...)



O rouge virou blush 

O pó-de-arroz virou pó-compacto 

O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor 

A Lycra virou stretch 

Anabela virou plataforma 

O corpete virou porta-seios 


Que virou sutiã 

Que virou lib 

Que virou silicone 

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento

 

Escova virou chapinha 


"Problemas de moça” viraram TPM 


Confete virou M&M’s 

A crise de nervos virou estresse 

A chita virou viscose. 

A purpurina virou glitter 

A brilhantina virou mousse 

Os halteres viraram bomba 

A ergométrica virou spinning 

A tanga virou fio dental 

E o fio dental virou anti-séptico bucal 

Ninguém mais vê… 

Ping-Pong virou Babaloo 

O a-la-carte virou self-service 

A tristeza, depressão 

O espaguete virou Miojo pronto 

A paquera virou pegação 

A gafieira virou dança de salão 

O que era praça virou shopping 

A areia virou ringue 

A caneta virou teclado 

O long play virou CD 

A fita de vídeo é DVD 

O CD já é MP3 

É um filho onde éramos seis 

O álbum de fotos agora é mostrado por e-mail 

O namoro agora é virtual 

A cantada virou torpedo 

E do “não” não se tem medo 

O break virou street 

O samba, pagode 

O carnaval de rua virou Sapucaí 

O folclore brasileiro, halloween 

O piano agora é teclado, também 

O forró de sanfona ficou eletrônico 

Fortificante não é mais Biotônico 

Bicicleta virou Bis 

Polícia e ladrão virou counter strike 

Folhetins são novelas de TV 

Fauna e flora a desaparecer 

Lobato virou Paulo Coelho 

Caetano virou um chato 

Chico sumiu da FM e TV 

Baby se converteu 

RPM desapareceu 

Elis ressuscitou em Maria Rita? 


Gal virou fênix 

Raul e Renato, Cássia e Cazuza, 

Lennon e Elvis, Todos anjos Agora só tocam lira… 

A AIDS virou gripe 

A bala antes encontrada agora é perdida 

A violência está coisa maldita! 

A maconha é calmante 

O professor é agora o facilitador 

As lições já não importam mais 

A guerra superou a paz 

E a sociedade ficou incapaz… … De tudo. 

Inclusive de notar essas diferenças 

(Por Luis Fernando Veríssimo)



Que notemos sempre o que muda e o que nos faz mudar… Para melhor.


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