EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
LENDA URBANA DA VEZ: “CHARLIE RESPONDE”. (URBAN LEGEND OF TIME: "CHARLIE SAYS".)
POR MARI MONTEIRO
De tempos em tempos,
surge uma lenda urbana. De um modo geral, as lendas urbanas possuem como “pano
de fundo” os ambientes escolares. Tais fatos estão, de um modo geral,
relacionados a alguns mitos que ficam gravados para sempre no imaginário
popular. Trata-se de “causos” que são contados
há gerações. E, mesmo sem provas concretas sobre quaisquer tipos de lenda
urbana até o momento, o IMAGINÁRIO COLETIVO trata de trabalhar em prol daquilo
que deseja “tomar como verdadeiro”; ou seja, a pessoa que conta uma lenda
urbana, jura que aquilo, de fato, aconteceu. Quem viu? Não se sabe. Quem
contou? É sempre um amigo do amigo... E por aí vai. Segundo a Wikipédia,
as principais características de uma lenda urbana são: ► Uma forma narrativa (geralmente uma
pequena história, porém bem estruturada); ► Procura sempre se autenticar por meio de testemunhas e provas
supostamente existentes; ► As pessoas que as contam geralmente às ouviram de alguém e quando
repassam a história costumam confirmá-la como se tivesse sido vivida por ela
mesma. Adianto que este artigo não tem a pretensão de enfocar qualquer tipo de
crença; mas, sim, contribuir com o esclarecimento deste tema que se tornou um
viral na internet. Há dias nós, trabalhadores da educação (e todos os usuários
de redes sociais), nos deparamos com falas como: “Vamos à sua casa fazer a
brincadeira do Charlie?”; Leva os lápis pro recreio pra gente brincar!”Obviamente,
o teor das conversas varia muito de acordo com a faixa etária. Mas... A
temática é a mesma: O CHARLIE!
Fato é que as lendas urbanas atravessam
décadas. Quem de nós, adultos, não teve medo de ir sozinho ao banheiro por conta
da “LOIRA DO BANHEIRO”? E não ficou, no
mínimo, curioso acerca do “Chupa – cabras”? E a boneca do filme “Annabelle”? O que
diferencia as lendas urbanas “mais antigas” das atuais é a VELOCIDADE com que
os “boatos” se propagam com o “auxilio” da internet. Basta abrir qualquer rede
social e lá está a lenda urbana da vez: “O CHARLIE”. Seguida de milhares de
relatos e hashtags próprios.
Basicamente, o
desafio é muito parecido com o “JOGO DO COPO”, onde perguntas eram feitas e o
copo se movia rumo às letras para fornecer a resposta. A diferença é que no
desafio de Charlie, existem apenas duas alternativas: SIM ou NÃO. Outro aspecto que chama
atenção nesta “brincadeira” é o fato de que o suposto espírito é mexicano e se
chama “Charlie”. E os participantes, ao menos na maioria dos vídeos e
fotografias divulgados, escrevem as respostas em inglês. E, no momento da
brincadeira, as perguntas são feitas ou em Inglês; Português ou em Espanhol. Ou
seja, o espírito é poliglota. Brincadeiras à parte tem
se presenciado crianças assustadas com a brincadeira ou com o que ouvem a
respeito dela. Há relatos de crianças que não querem mais ir pra escola, porque
“Charlie” está lá. Há que se considerar que as crianças NÃO POSSUEM O MESMO
DISCERNIMENTO E NEM MATURIDADE que nós adultos. Daí a necessidade de
intervenção por parte de escolas e famílias no sentido de desmistificar o
“Desafio Charlie”. Sobretudo, porque a maioria das crianças que se assusta com
esta circunstância, desvia sua atenção, enfocando mais a brincadeira e o medo e
a adrenalina dela advindas do que as atividades escolares propriamente ditas.
Opinião esta que eu e Felipe Neto compartilhamos. Inclusive, segue um vídeo em
que ele diz isso e um pouco mais. Porém, CABE UMA ADVERTÊNCIA QUANTO AO VÍDEO:
NÃO RECOMENDO PARA MENORES; quanto a mim, concordo plenamente com ele! “MENOS
CHARLIE E MAIS ESTUDO”. Tal como as demais
lendas urbanas, esta também terá um “tempo útil”. Logo, todos se cansarão da
brincadeira em si e dos boatos acerca dela. Ou – quem abe? – antes, apareça
outra lenda urbana para tomar o lugar de “Charlie”. Enquanto isso não acontece,
vale a pena garimpar alguns vídeos que desmistificam o tema (há vários
disponíveis no youtube). Ou, quem sabe, para atenuar o medo das crianças
menores, encenar situações nas quais fique claro que algum participante REAL é
quem faz o lápis se movimentar, seja com a vibração da própria voz ou por estar
encostado na mesma etc. Enfim,
particularmente, considero, no mínimo, ESTRANHO que os EDUCADORES IGNOREM ESTE
ASSUNTO. É possível tirar muito proveito e aprendizado da temática lenda
urbana. Sem contar que a mídia já se encarregou da SENSIBILIZAÇÃO. O interesse
esta DESPERTO.
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