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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

EX - PSEUDOAMORES - VERSÃO DIÁRIO DE SETE DIAS - DIA SETE

POR MARI MONTEIRO





SÉTIMO DIA

Neste último dia... Quero dizer do meu APRENDIZADO sobre amar e ser amado.  Justamente porque este é um blog de educação, é que cabem aqui estes relatos. AMAR TAMBÉM É ALGO QUE SE APRENDE. Aprendi escrevendo sobre minhas experiências no artigo original “EX-PSEUDOAMORES”. Aprendi com meus alunos e leitores que postaram comentários e dissertações... E aprendi mais um pouco nestes sete dias de breves relatos.


Não me despeço de vocês neste dia e, muito menos, me despeço da temática relacionada ao AMOR. “VEZENQUANDO”, como escrevia, Caio Fernando Abreu (SUPER RECOMENDO), estarei às voltas com este tema aqui no blog.




Hoje, o sentimento predominante em mim é a ESPERANÇA. Não a esperança relacionada ao “verbo esperar”, em que a pessoa simplesmente estagna e espera que algo aconteça... Assim, “do nada”. Sinto em mim uma esperança que me impulsiona; que faz com que eu acredite em dias melhores e; por isso, me move...


Pratico a percepção dos “sinais”. O que não é nada fácil. Por vezes, me dou conta deles apenas depois que já ocorreu algo relacionado; outras vezes, a correria nos cega. Fato é que, sob meu ponto de vista, eles existem e dão conta de nos guiar, se assim permitirmos.






Tenho uma amiga querida chamada Mayra Santos. Uma excelente profissional, das melhores que já conheci na vida. Numa conversa antes do inicio das aulas de hoje, ela me contou que iria fazer uma BRINCADEIRA AFRICANA com seus alunos (2º ano FI), para introduzir uma conversa sobre o DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.  Encantei-me com a brincadeira e com a atividade que as crianças fariam. Todos juntos iriam fazer uma bonequinha chamada ABAYOMY; mentalizando os melhores pensamentos e depois trocariam entre si; a exemplo das escravas que, nos porões dos navios, faziam esta bonequinha de tiras rasgadas das barras das saias, davam nós nas tiras para dar a forma de boneca. Depois as entregavam para seus filhos, pedindo que eles as guardassem como um amuleto de proteção e de boa sorte, já que elas não sabiam o que lhes aguardava em terras distantes.


Fui para minha sala pensando sobre esta história e entendi que se tratava de um aprendizado SIGNIFICATIVO. Nunca mais estas crianças esquecerão como são feitas as bonequinhas. Enfim, num determinado momento, quem me chama na porta? A Professora Mayra segurando uma bonequinha ABAYOMI e me presenteando com ela. Não ousarei descrever minhas emoções. Só sei que isso fez muita diferença no meu dia e fará, também, na minha vida.



Até breve.
Mari Monteiro – 19/11/2014



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