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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

AONDE VAMOS COM TANTA PRESSA? (WHERE WE GO WITH SO HURRY?)

POR MARI MONTEIRO



Já escrevi mais de uma vez neste blog que a gente não aprende apenas de modo formal. Aliás, POBRES daqueles que se prestam somente a esse tipo de educação. A gente aprende; sobretudo, com os próprios pensamentos e atitudes. Nada é mais dolorido do que o ARREPENDIMENTO DE NÃO TER FEITO ALGO... Por alguém e por nós mesmos.  Logo, por que não aprender a empregar bem o nosso pouco tempo? Até posso arriscar uma resposta: “Porque não pensamos no tempo com o merecido VALOR". Pensamos nele como se fosse inesgotável... Adiamos abraços; amores; riscos; declarações; conversas... “Hoje não dá!”; Hoje não posso!”; “Depois eu vejo isso!”; “ Outra hora a gente se fala!”... Falamos e ouvimos coisas similares o “tempo todo”...

Hoje me flagrei pensando algo, no mínimo, tenebroso: “e se eu soubesse exatamente quanto tempo ainda tenho de vida?”. “O que mudaria?” Fazer o que? Fiquei muito encanada... Como não temos domínios sobre estes “insights”, continuei pensando nisso ao longo do dia. E, como também acredito que nada é por acaso, não consegui me desvencilhar facilmente das idéias e memórias que começaram a povoar minha mente.



O primeiro aspecto que analisei foi: “COM QUAIS PESSOAS GOSTARIA DE PASSAR O TEMPO QUE ME RESTASSE? A lista me surpreendeu! Independente de não ter a menor vontade de mensurar dias, semanas, meses... horas, a lista não é grande. Ao contrário, algumas pessoas eu nem gostaria de rever. Outras, que já não estão comigo, gostaria de ter passado mais tempo com elas... Como, por exemplo, meu pai; minha amiga Vilma... Enfim, foi inevitável. Lembrei do MUITO TEMPO QUE NÃO DEI.

Então, ponderei, por que não começar a dedicar mais do meu tempo a estas poucas e raras pessoas enquanto posso? Isso implica uma REORGANIZAÇÃO de pensamentos; mudanças de HÁBITOS; “PAGAR DE DOIDA E DE IRRESPONSÁVEL”. Sim, porque se criou uma CULTURA DA PRESSA: quem não está com pressa é vagabundo; é desinteressado!

 Constatei que todo nosso tempo está milimetricamente comprometido. COM QUEM? COM O QUÊ? Pensei muito nisso também. As descobertas superficiais que fiz, por enquanto (isso é coisa pra pensar e repensar COM CALMA E COM ALMA) são assustadoras. Meu tempo é dedicado ao trabalho (preciso sobreviver!); a algumas  atividades físicas (gostei desta parte!); com estudos (preciso avançar profissionalmente!); e o pouco que sobre: como, durmo (muito pouco pro meu gosto!) e falo com meus familiares s enamorado (também muito pouco para meu gosto!). Ou seja, ESTÁ TUDO ERRADO! Preciso reorganizar isso!

Só quando conclui o parágrafo acima, foi que percebi que, a cada tempo gasto (me justifiquei entre parênteses...).  Isso foi feito no impulso. Relendo, penso que foi uma tentativa INCONSCIENTE E INCONSISTENTE de me isentar da culpa por não ter mais tempo para os “AFAZERES” e para as PESSOAS que amo.



O que consegui com isso??? Primeiro, uma forte dor de cabeça; neste exato momento, minha cabeça está, literalmente, explodindo. Segundo, agora sei o porquê me canso tanto! Cadê eu e meus prazeres??? Não há espaço para prazeres; mas há espaço para insegurança; para o medo; pra pensar em dívidas. Durante muito tempo, tive dois ou três empregos. Pra quê? Não sei! E, chegar a esta conclusão, dói muito. A dor do arrependimento. Quanto tempo e energia despendidos... Quantas manhãs cheias de olheiras, resultantes de noites mal dormidas (às vezes, nem dormidas!)... Quantas lágrimas causadas por injustiças e humilhações...


Enfim, por que essa agonia agora Mari? Passei bem umas duas horas para tentar continuar escrevendo. BUSCAR UMA RESPOSTA HONESTA PARA SI MESMO É DIFÍCIL. Nesse momento, quero dizer que não quero que estes meus escritos se transformem num EPITÁFIO; mas sim num ALERTA (em tempo) PARA MIM E PARA VOCÊ. Vou tirar o pé do freio; vou fazer uma lista de PRIORIDADES; não correrei mais; respeitarei o ritmo do meu CORPO e da minha alma ALMA; prestarei mais atenção aos “SINAIS”; dedicarei mais tempo ao meu espírito; conversarei mais pausadamente; abraçarei mais (ainda mais rsrs)...   Convido-te a fazer o mesmo. Claro, se você não estiver com muita pressa...


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