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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

CRACOLÂNDIA E A GESTÃO HIGIENISTA DE DÓRIA (CRACOLAND AND HYGIENIC MANAGEMENT OF DORIA)

POR MARI MONTEIRO



Entendo que a “Cracolândia” consiste num problema gravíssimo, que envolve esferas sociais; econômicas e  educacionais. O que não entendo é que queiram “MATAR” os sintomas, sem combater as “CAUSAS”. Que tal começar pelo tráfico? Prender os traficantes... Sem ter O QUE comprar, talvez (disse talvez), os dependentes buscassem alternativas. Enquanto houver venda de drogas, existirão usuários... Mas, é mais fácil “matar” os fragilizados...




Até  a última sexta-feira, o Programa Chamado “BRAÇOS ABERTOS” era o que  supúnhamos que estivesse em prática. “Segundo números da prefeitura apresentados hoje (12), neste período as equipes da Secretaria Municipal de Saúde fizeram 3.164 abordagens a usuários na região da Cracolândia, no centro da capital paulista. Deste total, 355 pessoas tiveram atendimento médico, 280 foram encaminhadas para serviços de saúde, 1.550 foram abordadas em hotéis e 979 nas tendas da prefeitura.
Lançado no dia 14 de janeiro de 2014, o programa busca atender aos dependentes oferecendo auxílio financeiro, moradia, trabalho e capacitação profissional.
O programa da prefeitura acolhe dependentes químicos em hotéis da região central e oferece uma bolsa para que eles trabalhem por quatro horas por dia no serviço de limpeza de ruas, calçadas e praças no centro da cidade. Cada usuário recebe um salário mínimo e meio, que inclui os gastos com alimentação, hospedagem, além de R$ 15 por dia de trabalho.” (Fonte: http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/02/em-um-mes-programa-de-bracos-abertos-cadastrou-386-usuarios-de-crack-em-sp - acesso em 22 de maio de 2017)


Não me perguntem o que falhou neste Programa (aliás, atrelado a outros Programas Federais implantados). Fato é que a POLITICA HIGIENISTA DE DÓRIA quer a cidade limpa, pintada,  cleam... O verdadeiro sentido de cidade “BONITA NA FOTO” (só na foto e a qualquer custo!).  É só acompanhar este vídeo:
 

Quando mencionei, antes, o combate às causas (ao tráfico),  penso que poderíamos seguir exemplos que já deram certo em outros locais. Nova Iorque, por exemplo, teve sua Cracolândia. Não tem mais.  (veja texto na íntegra e perceba a diferença NAS AÇÕES). http://veja.abril.com.br/saude/nova-york-tambem-teve-sua-cracolandia-e-conseguiu-acabar-com-ela - acesso em 22/05/2-17).
 
 


Fato é que, a truculência NÃO RESOLVE. Eles voltam, como cenas de Walking Dead. Veja  a matéria: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/08/1800634-apos-operacao-trafico-volta-a-cracolandia.shtml - acesso em 22/05/2017
 
 
Já me cansei de insistir que TUDO PASSA (OU NÃO, que é o caso) PELA EDUCAÇÃO. Desde  a Educação Infantil... Se o Poder Público não oferece ENSINO DE QUALIDADE, visando além do ACESSO do aluno a GARANTIA DE SUA PERMANÊNCIA; se torna impossível combater situações  similares à da Cracolândia. Porque a saída deve ser pautada prioritariamente na PREVENÇÃO; depois, na punição RIGOROSA dos TRAFICANTES...
 


O que houve na última sexta-feira foi similar a um combate a Peste Negra...  Mas, ma minha opinião, e da forma como enxergo esta administração (e dos anos anteriores também),  deveriam colocar  uma redoma na área ocupada e encher de gás letal. Esperar o tempo necessário para a parada respiratória em massa. Em seguida, Sr. Dória enviaria sua Equipe de Limpeza, e até ele próprio estaria lá – devidamente uniformizado – imagina se ele perderia essa oportunidade de marketing? Prontos para retirar os resíduos e as carcaças humanas de velhos, adultos, adolescentes, crianças e animais (também existem animais por lá)  que restarem... Depois, lavariam as ruas e calcadas com muito desinfetante, pintariam as paredes com cores neutras e fariam muitas selfies... Para a campanha Presidencial de 2018!


E, tem mais, aposto com vocês que não faltariam “figurantes” para fazer poses ao  lado de Dória. Por enquanto, me permito indignar e desejar que ele/eles (“autoridades”) acertem suas contas com o “ALÉM”...
 
 
 
 
 
 
 

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