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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

sábado, 15 de novembro de 2014

EX - PSEUDOAMORES - VERSÃO DIÁRIO DE SETE DIAS - DIA TRÊS

POR MARI MONTEIRO

TERCEIRO DIA

Tenho falado muito sobre abraços nos últimos dias... Coincidência? Carência? Não sei. O que sei é que boa parte das pessoas, segundo um post colocado por mim no Facebook, também concordam que o abraço é mais que um gesto: É NECESSÁRIO! Sei lá, a correria tem nos afastado uns dos outros... Não sobra tempo pra “oi”, quanto mais para um abraço?”

Muitas ilustrações me lembram abraços. Mas, em especial, a letra da música “POR ONDE ANDEI”, de Nando Reis... Sobretudo, porque fala de uma AUSÊNCIA e de uma DÚVIDA, que somente “poderiam” ser solucionadas a partir da PRESENÇA, do ABRAÇO... “POIS A VIDA É MESMO MUITO FRÁGIL DIANTE DA ETERNIDADE DO AMOR DE QUEM SE AMA!”



Mais que um beijo, mais que muitas palavras; muitas vezes, um abraço  - literalmente – já me SALVOU de um surto;  já me acalmou; já aquietou a minha alma e já me fez amar alguém.
Mas, não falo de qualquer abraço. Nem do abraço de qualquer pessoa. Há pessoas que, simplesmente, NÃO SABEM ABRAÇAR. Sério. Abraçar certas pessoas é como abraçar um pedaço de madeira. Não há reações. Não há RETORNO.

Certa vez, fiz um workshop com o ator João Acaiabe (que foi por muitos anos o Tio Barnabé) do Sítio do Pica - Pau Amarelo sobre “ABRAÇOS”. No final, quando ele abraçou cada participante, me disse: “Você entendeu direitinho oi curso moça!”. Eu respondi: “Este abraço que lhe dei, já nasci sabendo.” Sorrimos um pro outro e voltei pro meu lugar.



Fato é que abraço, pra mim, é SINÔNIMO DE ENTREGA. Eu me permito abarcar. Envolvo-me. Demoro-me... Deixo que me soltem e não me desvencilho antes da hora, revelando pressa. Isso em todos os tipos de abraços fraternais. Quando se trata do abraço relacionado ao ”amor passional”, aí sim, a entrega é mais profunda e mais INTENSA. Acredito até que este gesto seja um termômetro da relação a dois. Um sente o outro...


Enfim, independentemente da situação, acredito mesmo que o abraço é algo TERAPÊUTICO. Isso porque, durante os poucos segundos que duram um abraço de entrega, as dores passam, nenhum problema nos vem à cabeça; nada de mal fica entre duas pessoas que se abraçam. Portanto, se me perguntarem hoje do que tenho sentido mais falta, direi: DE ABRAÇOS. Muito embora, nos últimos dias, tenha recebido abraços sinceros e muito bons de meus alunos e colegas de trabalho e, em especial hoje, de algumas pessoas que não via há tempos. E isso amenizou um pouco esta falta... Mas, sempre estarei querendo MAIS!


Abraços fraternos, sinceros e demorados a todos.

(To be continued)


Mari Monteiro 15/11/14

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