POR MARI MONTEIRO
TERCEIRO DIA
Tenho falado muito sobre abraços nos últimos dias... Coincidência?
Carência? Não sei. O que sei é que boa parte das pessoas, segundo um post
colocado por mim no Facebook, também concordam que o abraço é mais que um
gesto: É NECESSÁRIO! Sei lá, a correria tem nos afastado uns dos outros... Não
sobra tempo pra “oi”, quanto mais para um abraço?”
Muitas ilustrações me lembram abraços. Mas, em especial, a
letra da música “POR ONDE ANDEI”, de Nando Reis... Sobretudo, porque fala de
uma AUSÊNCIA e de uma DÚVIDA, que somente “poderiam” ser solucionadas a partir
da PRESENÇA, do ABRAÇO... “POIS A VIDA É MESMO MUITO FRÁGIL DIANTE DA ETERNIDADE
DO AMOR DE QUEM SE AMA!”
Mais que um beijo, mais que muitas palavras; muitas vezes,
um abraço - literalmente – já me SALVOU
de um surto; já me acalmou; já aquietou
a minha alma e já me fez amar alguém.
Mas, não falo de qualquer abraço. Nem do abraço de qualquer
pessoa. Há pessoas que, simplesmente, NÃO SABEM ABRAÇAR. Sério. Abraçar certas
pessoas é como abraçar um pedaço de madeira. Não há reações. Não há RETORNO.
Certa vez, fiz um workshop com o ator João Acaiabe (que foi
por muitos anos o Tio Barnabé) do Sítio do Pica - Pau Amarelo sobre “ABRAÇOS”.
No final, quando ele abraçou cada participante, me disse: “Você entendeu
direitinho oi curso moça!”. Eu respondi: “Este abraço que lhe dei, já nasci
sabendo.” Sorrimos um pro outro e voltei pro meu lugar.
Fato é que abraço, pra mim, é SINÔNIMO DE ENTREGA. Eu me
permito abarcar. Envolvo-me. Demoro-me... Deixo que me soltem e não me
desvencilho antes da hora, revelando pressa. Isso em todos os tipos de abraços
fraternais. Quando se trata do abraço relacionado ao ”amor passional”, aí sim, a
entrega é mais profunda e mais INTENSA. Acredito até que este gesto seja um
termômetro da relação a dois. Um sente o outro...
Enfim, independentemente da situação, acredito mesmo que o
abraço é algo TERAPÊUTICO. Isso porque, durante os poucos segundos que duram um
abraço de entrega, as dores passam, nenhum problema nos vem à cabeça; nada de
mal fica entre duas pessoas que se abraçam. Portanto, se me perguntarem hoje do
que tenho sentido mais falta, direi: DE ABRAÇOS. Muito embora, nos últimos
dias, tenha recebido abraços sinceros e muito bons de meus alunos e colegas de
trabalho e, em especial hoje, de algumas pessoas que não via há tempos. E isso
amenizou um pouco esta falta... Mas, sempre estarei querendo MAIS!
Abraços fraternos, sinceros e demorados a todos.
Mari Monteiro 15/11/14
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