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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

DEPRESSÃO E PANDEMIA PARTE 1 - DEPRESSION AND PANDEMIC PART 1

POR MARI MONTEIRO


 


Estamos todos necessitados de ajuda. Uma espécie de ajuda, que talvez nem consigamos especificar. Explico melhor. Se me perguntarem, à queima roupa, o que eu preciso neste exato momento para me sentir melhor, com certeza, não conseguirei responder com uma palavra e, muito menos, rapidamente.

Os seres humanos já vinham sofrendo, muito antes da Pandemia, de uma série de males oriundos do isolamento social. A gente vem se enclausurando há  algum tempo. Estamos desaprendendo a ARTE DA CONVERSA. Tudo já vinha se resumindo ao instantâneo; à pressa; à impaciência.

Com o advento da pandemia e suas implicações e polêmicas, o isolamento ganhou força. Reconheço que - em alguns casos - as pessoas até se aproximaram umas das outras no âmbito familiar. Porém, de um modo geral, a falta de "companhia", de sorrisos e de abraços... A falta de empatia e de "toque" têm contribuído para o aumento da tristeza e, consequentemente, desencadeado processos depressivos mais graves.

De todo modo, ouso dizer que a depressão tem um grau de importância maior em tempos como estes. Há meses sem abraçar pessoas queridas, a tela falando mais que o toque... Temo que  a gente perca o "jeito" de abraçar e de tocar o outro... Temo perder pessoas... Mais pessoas...

Enfim, em tempos de negacionismos e de desapreço pela ciência, por parte das autoridades e de boa parte da população brasileira, nos resta defender a CIÊNCIA e o AMOR... Perguntar aos amigos, mesmo que à distância, como eles  estão. Fazer ninho em nossos próprios braços, fazer preces, benzimentos, mandingas... Atos de toda crença para nos sacudir pelos ombros e nos avisar da brevidade da vida e da importância de estarmos juntos e VIVOS, quando tudo isso passar.  Por ora, ESPERANÇA é a palavra da vez.




 

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