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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

I - NE - VI - TA - VEL - MEN - TE

Por Mari Monteiro

En rachâchant” é um curta-metragem francês lançado em 1982, baseado em um conto de Margarite Duras. O conflito começa quando um menino não quer ir à escola, pois lá ensinam coisas que ele não compreende. Esse é um cotidiano familiar comum: em uma conversa com os pais, o menino canta docemente o seu problema. De repente, a cena é transferida para uma sala de aula onde a família se une ao professor – figura que, a priori, parece calmo, mas logo se revela impetuoso diante da questão proposta pela criança. (http://jozieliwolff.blogspot.com.br/2009/08/en-rachachant-tributo-margarite-duras.html acesso em 08/04/2013)
  
Muitos detalhes e falas chamam a atenção no curta “Em Rachâchant”. Há frases fortes como: “(Na escola me ensinam coisas que eu não sei). (...)” Além disso, o Ernesto é invisível para o professor (“uma mosca morta, como ele diz”.).
As fisionomias das personagens também chamam bastante atenção. São pessoas carrancudas; sobretudo os pais e o professor. Quanto a Ernesto, ele é ENCANTADORAMENTE IMPETUOSO e CORAJOSO. Encara fixamente seu professor e lhe responde apenas quando lhe convém e com uma certeza inquestionável.

Contudo, Ernesto é sensível. Ao ser perguntado sobre o que era um quadro na parede com uma borboleta emoldurada, ele responde: “UM CRIME!”. Apesar de sua inteligência ficar comprovada em vários detalhes, sua mãe o predestina como “CRETINO”. Ele não quer mais aprender o que já sabe... e quanto o que ainda não sabe, ele diz ter encontrado um novo método, um método próprio: “rechachando”.(confesso  não saber o que significa esta palavra, provavelmente, um verbo... o que me veio à cabeça, por mais ridículo que pareça, é que Ernesto prefere aprender "achando, reachando', no sentido de descobrir. Daí o convite-desafio, vamos desvendar o que realmente Ernesto quis dizer com o nome dado ao seu novo método.).

Quando os pais questionam se o menino Ernesto irá aprender a ler e a escrever um dia, independentemente da escola, o professor afirma que, infelizmente, sim. O porquê da expressão “infelizmente”, dita pelo professor, fica a critério da interpretação pessoal de cada leitor... Pois, é uma resposta no mínimo INTRIGANTE. De minha parte, só posso entender que Ernesto é uma criança entediada com o sistema escolar rígido e que prefere saber “além dos muros da escola”, através de descobertas próprias.

No mais, apreciem o vídeo... E, como uma humilde sugestão, coloquem-se nos papéis de cada uma das personagens  e reflitam sobre este conflito educacional único...

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