Por Mari Monteiro
“En
rachâchant” é um curta-metragem francês lançado em 1982, baseado em um conto de
Margarite Duras. O conflito começa quando um menino não quer ir à escola, pois
lá ensinam coisas que ele não compreende. Esse é um cotidiano familiar comum:
em uma conversa com os pais, o menino canta docemente o seu problema. De
repente, a cena é transferida para uma sala de aula onde a família se une ao
professor – figura que, a priori, parece calmo, mas logo se revela impetuoso
diante da questão proposta pela criança. (http://jozieliwolff.blogspot.com.br/2009/08/en-rachachant-tributo-margarite-duras.html
acesso em 08/04/2013)
Muitos detalhes e falas chamam a atenção no
curta “Em Rachâchant”. Há frases fortes como: “(Na escola me ensinam coisas que
eu não sei). (...)” Além disso, o Ernesto é invisível para o professor (“uma
mosca morta, como ele diz”.).
As
fisionomias das personagens também chamam bastante atenção. São pessoas
carrancudas; sobretudo os pais e o professor. Quanto a Ernesto, ele é ENCANTADORAMENTE IMPETUOSO e CORAJOSO. Encara fixamente seu professor e lhe
responde apenas quando lhe convém e com uma certeza inquestionável.
Contudo,
Ernesto é sensível. Ao ser perguntado sobre o que era um quadro na parede com
uma borboleta emoldurada, ele responde: “UM CRIME!”. Apesar de sua inteligência
ficar comprovada em vários detalhes, sua mãe o predestina como “CRETINO”. Ele
não quer mais aprender o que já sabe... e quanto o que ainda não sabe, ele diz
ter encontrado um novo método, um método próprio: “rechachando”.(confesso não saber o que significa esta palavra, provavelmente, um verbo... o que me veio à cabeça, por mais ridículo que pareça, é que Ernesto prefere aprender "achando, reachando', no sentido de descobrir. Daí o convite-desafio, vamos desvendar o que realmente Ernesto quis dizer com o nome dado ao seu novo método.).
Quando os
pais questionam se o menino Ernesto irá aprender a ler e a escrever um dia,
independentemente da escola, o professor afirma que, infelizmente, sim. O
porquê da expressão “infelizmente”, dita pelo professor, fica a critério da
interpretação pessoal de cada leitor... Pois, é uma resposta no mínimo INTRIGANTE.
De minha parte, só posso entender que Ernesto é uma criança entediada com o
sistema escolar rígido e que prefere saber “além dos muros da escola”, através
de descobertas próprias.
No mais,
apreciem o vídeo... E, como uma humilde sugestão, coloquem-se nos papéis de
cada uma das personagens e reflitam
sobre este conflito educacional único...
rachachando
ResponderExcluirOlá...
ResponderExcluirRachachando... deve ser o equivalente mais próximo, em português, para o termo em francês.
Boa semana!