POR MARI MONTEIRO
SINOPSE: Riley é uma garota divertida de 11 anos de idade,
que deve enfrentar mudanças importantes em sua vida quando seus pais decidem
deixar a sua cidade natal, no estado de Minnesota, para viver em San Francisco.
Dentro do cérebro de Riley, convivem várias emoções diferentes, como a Alegria,
o Medo, a Raiva, o Nojinho e a Tristeza. A líder deles é Alegria, que se
esforça bastante para fazer com que a vida de Riley seja sempre feliz.
Entretanto, uma confusão na sala de controle faz com que ela e Tristeza sejam
expelidas para fora do local. Agora, elas precisam percorrer as várias ilhas
existentes nos pensamentos de Riley para que possam retornar à sala de controle
- e, enquanto isto não acontece, a vida da garota muda radicalmente. (Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-196960/
acesso em 06/07/2016)
Filme vencedor do Oscar de Melhor Animação deste ano,
“Divertida Mente”, indicado para faixa etária a partir dos seis anos de idade,
em minha opinião exige um tanto mais de maturidade para compreensão da
enriquecedora mensagem incutida na obra. O que equivale afirmar que quanto
maior o grau de abstração do público maior e mais profunda será a leitura feita
do enredo.
Conforme dito na sinopse, os sentimentos que habitam a mente
de Riley se “movem” de acordo com as circunstâncias em que se insere a
personagem. De um modo pedagógico,
pode-se dizer cada sentimento resulta num tipo de consequência. O enredo é
elaborado de tal forma que é impossível para quem assiste não se colocar no
lugar de Riley, o que deixa a trama mais emocionante e dinâmica.
Durante o filme é possível, inclusive, sentir os impactos
que as palavras POSITIVAS E/OU NEGATIVAS têm para o nosso processo de formação
implicando os campos social, físico e emocional. De acordo com o enredo,
criamos ILHAS DE PERSONALIDADE compostas pelas nossas memórias mais
significativas. Quanto mais ricas e positivas as memórias, mais belas e sólidas
são as nossas ilhas.
Aliando tecnologia e humanismo, a Pixar desenvolveu uma
animação que nos faz desejar realizar um “passeio” dentro do próprio cérebro.
Um passeio para reorganizar as memórias; para priorizar umas e apagar
outras. Que vontade que tive de possuir
uma espécie de aspirador de memórias para sugar todas as lembranças e as
informações inúteis e tristes que ocupam lugar na minha mente para ceder espaço
para outras mais felizes e significativas. Confesso que já tenho um, mas queria
um mais potente. (rsrs)
Outro aspecto que me chamou a atenção foi a classificação
das memórias. Existem as memórias de longo prazo, as recentes... E assim por
diante que ficam organizadas em prateleiras. Tive uma sensação muito boa quando
percebi esta “organização”. Ingenuamente, passou pela minha mente que eu poso
fazer o mesmo com minhas lembranças.
Para que os sentimento “positivos” predominem sobre os demais. Não seria
ótimo?! Mesmo porque, a expressão “cair no esquecimento” é literal no roteiro.
Enfim, trata-se de mais uma “ferramenta pedagógica” que,
através do entretenimento, pode ser empregada para a realização das mais
diversas atividades interdisciplinares e em todas as séries e segmentos do
Ensino Fundamental e Médio. (VER PROJETO CINEMA EM CENA – contato: marimonteiro10@hotmail.com).