Por Mari Monteiro
“Mike... Por
onde andará o Mike?
Assim que
ingressei no Serviço Público Estadual através de um concurso (muito difícil por
sinal e elaborado pela Cesgranrio), ocorreu algo inusitado. No dia da
atribuição, havia muitas salas para serem escolhidas. No meio delas, uma “nomenclatura”
diferente: “RECUPERAÇÃO DE CICLO”. Achei bonito aquilo. E mais. Achei louvável.
Imagine um professor conseguir recuperar um ciclo inteiro de aprendizagem (o
que significaria “recuperar” o que não havia sido aprendido desde a 1ª até a
então 4ª série do Ensino Fundamental.) Decidi que esta seria a minha sala de
trabalho do ano letivo de 2006. “Apenas” 25 alunos (as outras tinham em média
35 alunos). Fiquei animada!
No primeiro
dia de aula, lá estava eu, na porta e com um sorriso nos lábios para
recepcionar alunos e pais. Porém, aos poucos, o sorriso foi se fechando. A maioria dos alunos veio sozinha. As mães que vieram
juntas chegavam à porta, puxando as crianças pelos colarinhos e perguntavam: “É
aqui a sala dos repetente?”. Não dava tempo de dizer “Boa tarde, sou a professora
Mari, como vai?”
Logo no
inicio percebi que todos os alunos eram muito diferentes entre si, cada um com peculiaridades
bem marcantes. Ainda conheceremos mais alguns amigos desta turma através deste blog.
Por algum motivo, decidi começar pelo Mike. Um garoto de 12 anos, com sorriso
fácil. Parecia estar sempre feliz! Tudo era sorriso, até mesmo quando não
parecia estar bem e eu perguntava: “O que houve Mike?”. Ele sorria e dizia: “É
nada não fessora!!!” Quando alguém o perturbava, ele dizia sempre: “Sai da
minha vida muleke!”. E os “muleke” davam risada, mas o respeitavam. Essa frase
virou uma espécie de chavão na sala, brincávamos com ela e repetíamos a frase
para ele mesmo às vezes... e ele? Ele sorria e só!
De sua
história fora da escola , sabia muito pouco, era arredio. Somente na primeira
reunião de pais as coisas começaram a ficar mais claras para mim: sobre Mike e
sobre o “porquê” da chamada RECUPERAÇÃO DE CICLO. Ele não sabia nem ler e nem
escrever. Apenas fazia o que eu chamava de “graminha” (no pedagogês,
garatujas). E insistíamos em ensiná-lo, como insistíamos!!!
Chegada a primeira
reunião de pais, pude entender muitas coisas
sobre Mike e sobre a educação. Atendi cada pai/mãe individualmente; por
isso tenho tantas histórias pra contar desta sala. Mas, voltemos ao Mike. Após
cumprimentar seu pai, um senhor muito educado e simpático, introduzi o fatídico
assunto. Tarefa difícil. Já havia dito
algo parecido aos demais pais e cada um tinha uma justificativa mais
interessante que a outra. Vejamos como seria com o pai do Mike:
- Bom tarde
senhor Antônio.
- Boa tarde
Senhora Professora. (quase chorei de
emoção por ser solenemente chamada assim)
- Como vai
a família?
- Bem
demais e a da senhora?
- Também.
Obrigada.
Não nos
restava muito tempo, Ele havia chegado bem no final do período. Não pude fazer
muitos rodeios. Então, a notícia foi mesmo à queima-roupa.
- Senhor
Antônio, o senhor saberia me dizer por que o Mike está há 5 anos na escola e ainda não sabe ler ou
escrever?
- Como assim
professora?
- É. Ele
não sabe ler e nem escrever.
Tudo está tão nítido na minha memória como se fosse ontem.
Inclusive o timbre da voz deste senhor.
- Olha
Senhora professora. Vou ser sincero com a senhora. Ler, ele não lê muito bem
não. Quando eu peço pra ele ler, ele engasga , fica pensando no que vai
falar... Ele lê ruim demais. Mas,
escrever, ele escreve muito bem demais e depressa. A senhora quer ver?
Petrificada,
disse sim. Ele prontamente chamou o Mike, pediu seu caderno, abriu numa página qualquer...
Enquanto o pai foleava o caderno, mostrando as “graminhas” feitas pelo Mike, eu olhei para ele que sorriu o mesmo sorriso de sempre, mas desta vez, escondeu o rosto de mim e, depois, do pai. Hesitei, mas só por um segundo, olhei nos olhos do Sr. Rosangelo e perguntei:
Enquanto o pai foleava o caderno, mostrando as “graminhas” feitas pelo Mike, eu olhei para ele que sorriu o mesmo sorriso de sempre, mas desta vez, escondeu o rosto de mim e, depois, do pai. Hesitei, mas só por um segundo, olhei nos olhos do Sr. Rosangelo e perguntei:
- O Senhor sabe ler e escrever?
- Sim senhora. E é por isso que eu luto pra que o Mike continue firme nos
estudos.
- Entendo.
O senhor faz muito bem.
Eu não
tinha mais palavras. Apenas um nó na garganta. Despedi-me do pai e do Mike.
Sentei na minha mesa e fiquei por um tempo parada antes de começar a arrumar as
coisas para ir para casa. Nunca mais esquecerei este dia. O Mike, safo que era e livre de toda culpa, fingia que contava
uma história qualquer quando o pai pedia para que lesse.
Nos dias
que se seguiram, sentia um embrulho no estômago, um desconforto por não saber o
que fazer com as informações (não apenas sobre o Mike, mas também sobre os
outros). Era como se eu já fosse cúmplice daquilo tudo. Descobri que não se
tratava de Recuperação de ciclos, mas da regeneração de expectativas, de
autoestima, de honestidade e de
comprometimento social. Não consigo conceber o fato de alguém passar anos a fio
na sala de aula fingindo ler e escrever... Os professores não perceberam???
Enfim, Mike
ficou comigo durante todo o ano de 2006. No dia seguinte à reunião, pedi ao pai
que comparecesse à escola e lhe disse toda a
verdade. Eu e o Mike, que, com a cabeça baixa e nenhum esboço de sorriso no
rosto, confirmou tudo. Ele não aprendeu muita coisa. No final do ano, ele escrevia
e lia palavras simples e textos pequenos. Com os números, era um pouco melhor.
E... Surpresa! O Mike foi APROVADO! Sim, aprovado. Era a lei. Eu era obrigada a
aprová-lo. Adoeci com isso. Ele não estava preparado. ( E este fato, em
especial, expressa toda minha indignação com o sistema de ensino que ainda
continua aprovando alunos que não estão “prontos”). E lá foi o Mike frequentar
a 5ª série. Ele, suas poucas palavras aprendidas, toda autoestima que consegui
colocar no seu bolso com extrema dificuldade e uma boa dose de coragem para
ouvir, todos os dias, de boa parte dos professores que ele não sabia ler e nem
escrever. O problema é que esta verdade estava sendo dita e ouvida tarde
demais. Até hoje penso muito nele. Nunca mais o vi. Espero que esteja bem... E que
um dia possa, por um destes acasos providenciados por Deus, ler este artigo e dar notícias...
(É com imensa satisfação que os convido a ler a continuação deste artigo: "MIKE: O REENCONTRO!". CLIQUE NO LINK ABAIXO)
(É com imensa satisfação que os convido a ler a continuação deste artigo: "MIKE: O REENCONTRO!". CLIQUE NO LINK ABAIXO)
Muitos Mikes passam por nossas vidas de professora, MAri. Sou educadora há pouco mais de 10 anos. A profissão que escolhi desde o começo. Passamos por situações muito difíceis, como as que vc relatou. Sabe, eu sou alfabetizadora. Trabalho com o primeiro ciclo de formação(alunos de 6 a 8 anos) e leciono numa escola pública que tem apenas o ciclo que acabei de falar e tem um trabalho bem diferenciado. Nossos alunos saem [quase]todos alfabetizados. Digo quase, pois o percentual é muito pequeno. MAis mesmo quando é caso de crianças com algum comprometimento cognitivo mais grave. Eu me orgulho de fazer parte da minha equipe, mas, sei que o problema que encontramos na educação vai muito além do trabalho que se desenvolve na escola. Já trabalhei em escolas imensamente sucateadas, onde o professora(ou professor) tinha apenas o giz e quadro, para lidar com uma sala superlotada, com alunos que tinham pouco suporte da família(muitos como o pai do Mike, com boa vontade, mas sem saber, ou ter muito o que fazer)...
ResponderExcluirContinuamos na luta... acreditando!
Qdo puder, passa lá no Umas e outras, meu blog pessoal! ;)
bjks
JoicySorciere => CLIQUE => Blog Umas e outras...
Joicy, mimo!!! Grata pelo seu comentário. Suas palavras são muito verdadeiras e sensíveis. Parabéns pelo seu trabalho!!! Claro que visitarei seu blog! E, no mais, como você bem disse: continuamos na luta, acreditando SEMPRE!!! Bjus
ResponderExcluirNas ultimas décadas, a educação no nosso pais caiu acentuadamente. Nós precisamos urgente de uma mudança nos padrões de educação, melhores sálarios aos professores, mais cursos de capacitação e olhar para o futuro.
ResponderExcluirHoje em dia, os alunos saem da escola sabendo quase nada e, antes de estarem preparados e capacitados para trabalhar, estão trabalhando e estudando ao mesmo tempo para conseguir pagar os estudos e, assim, na maioria das vezes o aluno perde o foco e chega desgastado na aula, isso significa que também precisamos de uma educação acessivel para todos e não aquela onde a escola mais cara é a que oferece mais recursos e a mais barata nem tanto, a educação precisa ser igual para todos.
O governo precisa investir forte em educação, e se pararmos para pensar, a educação vem caindo tanto que, mesmo no meio politico vemos gente vendendo seus votos por algo qualquer.
Se o Brasil estivesse mesmo preocupado com o seu avanço, não gastaria tanto dinheiro em inutilidades -como a copa do mundo-, digo inutilidades pois a maioria concordaria que realmente é dinheiro jogado fora, e investiria mais em educação, pois a educação é um passo muito importante e tiraria pessoas da miséria, inserindo-as no mercado de trabalho.
Portanto, se tudo continuar como está, seremos nós quem colheremos tudo, porque para a maioria dos politicos, poucos importa se estamos aproveitando ou não o minimo que eles nos dão, pois a conta bancária deles continuará apenas crescendo.
Ellen Patucci
Parabéns pela participação Ellen Patucci Suas colocações são muito pertinentes! Precisamos mesmo de investimentos, mudanças de postura e maior consciência a respeito das questões educacionais!!! Obrigada!!! Abraço!!!
ResponderExcluirO problema da educação e de Mike são as pessoas que só pensam no dinheiro e em si proprias.
ResponderExcluirO Mike não sabia ler nem escrever, seus pais tambem não, mas como ele pode ter passado por cinco anos na escola sendo analfabeto? É como uma frase no texto diz "Os pais eram analfabetos, mas os professores não!!!"
Quem faz a escola é o professor, ele é um profissional que forma outros profissionais e isso exige responsabilidade. Tenho certeza de que se Mike tivesse sido ensinado os cinco anos que passou na escola por um professor que se preucupasse como o futuro dele de verdade (como a professora Mary que narra a historia) ele saberia ler e escrever muito bem agora.
Então os professores tem que fazer seu papel de ensinar os outros com amor e não só aprovar o aluno achando que esta fazendo um favor para ele e a si mesmo, ele tem que gostar do que faz e o governo e as escolas deveriam rever suas regras e dar mais atenção a verdadeira educação, por que francamente... não da para um aluno de quinta serie saber ler só algumas palavras (e se não fosse pela professora Mary que lhe ensinou por um ano ele não saberia ler nada).
Enfim se as pessoas, escolas, professores e o governo mudatem tenho certeza que o sistema e a educação mudam juntos e com eles a vida de muitas pessoas inclusive a de Mike.
Valéria Souza de Oliveira aqui o/
ExcluirValeu Valéria pela participação! Como disse, seu texto é crítico e politicamente correto!!! Bjus (P.S. Já é um membro do blog? Seria um orgulho tê-la conosco)
ResponderExcluirSobre o texto, pode-se notar como são preocupantes esses fatores da educação do nosso país!
ResponderExcluirEntendo que dessa forma jamais chegaremos a ser um país desenvolvido devido a esse grau acentuado de inadimplência para com a criança!Não estão se preocupando com o futuro das pessoas em geral, é um fator que abala muito aos que estão na carreira da formação, no entanto também é um elemento de motivação para a educação encontrar caminhos e diretrizes para um progresso satisfatório.
Lógico que sozinho não iremos conseguir, mas se unirmos forças e buscar crescer poderão ver um Brasil novo. Combatendo a miséria, fome, violência e tantas outras características!
O Brasil pode até ter números absurdos e extravagantes, mas ainda não conseguiu construir um Império onde a educação, a míséria e a socialização são priorizadas e a beleza, a corrupção e os eventos futebolísticos são minorizados!
De acordo com o texto “Por onde andará o Mike?” dá para termos uma idéia de como é a nossa educação, que ao meu ver é uma “vergonha”, más que para os nossos governadores está tudo certo, tudo em ordem empurrar 11 anos com a barriga, porque filho de político nenhum está em escola do governo, porque se estivesse, eu gostaria de ver se ia estar na situação que se encontra. Não estou dizendo que todos os políticos são iguais, claro que alguns lutam pelo certo, más infelizmente é uma minoria.
ResponderExcluirNa minha opinião “Recuperação de ciclo” é ridículo, você aprova alguém sem preparamento nenhum porque a lei obriga os professores a aprovar um aluno que apenas freqüenta a escola para ter um papel chamado de diploma, sendo que a pessoas só sabe escrever seu próprio nome e “malemá” outras palavras e para o meu conceito uma pessoa com diploma e essas características não é digno de se colocar no currículo: Escolaridade completa. Minha mãe é professora e eu acabo vendo de perto o programa educacional das escolas estaduais do Brasil.
Enfim, estou aproveitando a minha oportunidade de estudar em uma escola particular para proporcionar ao meu filho, pois se hoje em pleno 2013 estamos assim quem dirá daqui 10 anos...Lamentável!
Júlia Toledo nº05 2ºEM
A cada dia está mais perceptível a mudança na educação, mudança esta que deveria mostrar progresso e evolução, porém não é isso que encontramos, pois ao invés de vermos portas se abrirem, as vemos fechá-las.
ResponderExcluirEm um instante ouvimos dos nossos avós que, por sua vez, tiveram a grande chance de estudar, que o aprendizado ultrapassava os muros do colégio, e que mesmo o ensino sendo por pouquíssimos anos , este já era suficiente para uma base de qualidade, que se gravava na mente, assim como um pirógrafo se grava numa madeira.
Porém, num próximo momento, nos deparamos com alunos de ensino fundamental que são analfabetos. Nesta hora, perguntas transitam em nossa cabeça, e a primeira que surge é: Como ele conseguiu ser aprovado por tantos anos? E eis a questão, como? Será que a culpa está na falta de zelo com os estudos? Na liberdade da atualidade? Na lei que se importa mais com quantidade do que com qualidade?
Enfim, vivemos numa sociedade onde portas de conhecimento se abrem diariamente para nós, basta a cada um decidir se à manterá aberta ou se a fechará, se acatará a sabedoria ou as consequências de sua falta.
NATALI RANDI
No Brasil, nos dias de hoje, há muitos casos de crianças que passam de ano sem aprender nada, devido a politica educacional do país e também o desinteresse dos responsáveis em relação ao desempenho escolar dos filhos, não orientando-os nos deveres de casa e nas leituras.
ResponderExcluirNo nosso país o governo não investe o suficiente na educação básica e alfabetização de jovens e adultos, e geralmente culpam os professores pelo fracasso escolar das crianças e jovens, porém, eu discordo, não só os professores, mas também pais, governo municipal, estadual e federal possuem responsabilidades especificas na educação dos alunos.
Thalita França Pereira 2ºEM
A educação é algo completamente indispensável para qualquer ser humano poder sobreviver nesse mundo em que vivemos. Esse exemplo de Mike que foi contado nesse texto, é apenas mais um dos muitos casos iguais a estes que podemos encontrar por esse nosso país, e que o sistema educacional não um dos seus pontos fortes, mas não pela incompetência dos professores, mas sim pelo motivo que foi citado no artigo a cima, de ter que passar alunos para a série adiante, sem que ele esteja preparado para tal feito, para seguir em frente.
ResponderExcluirMuitos pais que não sabem ler e nem escrever, ou seja, que são analfabetos, tauves eles não tenham culpa disso, pois eles com certeza não tiveram uma oportunidade digna para aprender, como nós (alunos) temos hoje em dia , mas os filhos tem o direito de aprender, não somente os filhos mas todos nós sem exceção alguma temos esse direito, enfim, mas o alunos também tem que ter aquela sede de aprender, aquela vontade de estudar e sempre querer mais, pois não tem como ensinar para aqueles que não querem aprender, pois quem faz a escola somos nós, os alunos.
att: Guilherme Andrade, 1° Ano do Ensino Médio do Colégio Euclides da Cunha.
Bom de fato o caso de Mike é chocante pois, o depoimento narrado pela professora Mari Monteiro e verídico,mostrando também a realidade das escolas publicas brasileiras.O mais impressionante que ela descreve no texto que mesmo antes de 2006 e ate os dias atuais de 2013 ainda acontece isso,e não são poucos casos e o O Brasil ocupa a nona posição no ranking de países com maior taxa de analfabetismo da América Latina e do Caribe.
ResponderExcluirE o Mike e a prova viva ou não de que o sistema educacional brasileiro tem "muitas e muitas" falhas a serem corrigidas sem contar na corrupção de professores e superiores das escolas.
O grande problema de tudo isso e que as pessoas desse pais não se dão conta do gigantesco problema a ser enfrentado nas escolas publicas,enquanto o governo enche o "bolso" de dinheiro publico de impostos ou pela roubalheira que se encontra em todo lugar, mas mesmo assim devemos pensar, sera que e mesmo só o governo que tem culpa,na minha opinião em certa parte sim mas vemos milhares de alunos que não querem estudar e que não querem nada da vida.
concluo que para que a educação de fato melhore nesse pais e todos trabalhem em conjunto pais, alunos, professores, e políticos que tentem se preocupar um pouco mais com esse pais considerado nos dias atuais Emergente.
ass: Caio ferreira da Silva 2º ano do médio
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMike não sabia ler nem escrever. E já se encontrava na 4ª série. Como é possível deixarem um aluno com tais dificuldades passar? Que espécie de ensino é esse? Um aluno que já se encontra na 4ª série deveria saber fazer tais coisas como ler e escrever.
ResponderExcluirAcredito que Mike não se sentia confortável com essa situação. Mesmo que não fosse aparente. O sistema de ensino parece ignorar a situação de alunos como o Mike. Eles podem não perceber, ou fingir não perceber. Um caso desses pode prejudicar o futuro de qualquer aluno. E a escola (ensino e professores) não deve deixar isso ocorrer. É insano. Há alunos que não estão prontos, e o ensino ignora isso. O artigo deixa isso bem claro.
A educação é essencial para todos. Alunos como Mike não devem ser deixados de lado. As crianças de hoje são o futuro. E o sistema de ensino nas escolas devia dar valor a isso.
Concordo plenamente com a narradora do artigo ( professora Mari ) , não seria certo passar de ano um aluno que não está pronto para isso , além de prejudicar o aluno no ano , acaba prejudicando no futuro para que ele encontre um bom emprego , e esse artigo prova que o sistema de ensino fundamental não liga para isso , porque eles não prestam atençao nesse fato , que é ver se o aluno está ou não pronto para passar de ano , eles só querem lucrar atravéz dos impostos dos pais desses mesmos alunos.
ResponderExcluirMylena Andrade Cordeiro 1° ano , ensino médio
O ensino deveria melhorar para os alunos e para a educação também.Quando eu estudava na escola pública,eu sofria com a ''zoação" dos outros alunos por não saber escrever o meu nome.
ResponderExcluirEu sofria de bullying dos outros alunos.
A diretora chamou minha mãe para conversar e disse que se eu quisesse aprender alguma coisa teria que trocar de escola.
Algo que ficou bem explicito foi o erro dos professores que não deram atenção devida ao aluno e o erro de Mike que enganou durante tanto tempo alguem que sempre presava pelo bem, seu pai, o qual provavelmente não tinha condições em relação ao para reverter esta situação que pode ser afirmada com a frase: "Era trabalhar ou morrer de fome". Mas mesmo assim não podemos julgar Mike pois ele poderia tem feito isso através de influencias de seus colegas ou até mesmo por constrangimento querendo mostrar ao seu pai o que era capaz de fazer.
ResponderExcluirNo final das contas ele passou de ano, penso eu que não seria correto pois não aprendeu completamente o que era devido para o ano seguinte e com isso poderia afetar ele em seu desenpenho nos seus proximos anos por culpa de outros, aqueles que permitiram que passase de ano.
Leonardo Sandes Rinaldi 2ºanoEM
Para mim uma criança q esta na 4º serie e sem saber ler, e nem escrever, como pode deixar passar uma criança assim? A escola publica teria que ser igual a escola particular reprovar com facilidade as pessoas que tem dificuldade no aprendizado. Mais essas 2 coisas ler e escrever são fundamentais para o futuro de qualquer pessoa, quem consegue um emprego sem saber ler e escrever? O estado tem que criar vergonha para que as crianças com menos acesso ao estudo, não tem condição financeira para pagar uma escola particular, possa ter um estudo digno, e um futuro melhor. Pelo fato do estado, hoje em dia as crianças estão com um futuro muito difícil. Giovanna Bareti número 04 1º ensino medio
ResponderExcluirEu concordo com a opinião do texto, o governo deveria tomar alguma atitude com essas escolas do estado porque o caso do Mike com certeza não é o único que existe aqui no Brasil. Todos temos o direito de aprender a ler e escrever, não importa se for em escola particular ou pública.
ResponderExcluirUma observação para as escolas : o mérito de uma escola não é visto pelo número de aprovados e sim pelo conhecimento que tiveram. Lembrando que as crianças são o futuro da nossa nação, e não exigir que tenham uma boa educação é o mesmo que jogar nosso país na lata de lixo.
Espero que um dia isso mude, porque do jeito que as coisas andam só tem a piorar, a escola hoje aprova mas a vida reprovará.
De: Letícia Gomes 1º Médio
Eu descordo totalmente com a escola, Mike não deveria nem passar da 2ª serie sem saber ler, mas as escolas sempre tem aquele aluno que não quer estudar e o professor que não quer ensinar. E ultimamente nosso país não esta ligando para educação e não veem os professores que estão colocando nas escolas, e nesse último o Brasil só está pensando em Copa do Mundo “ os estádios já estão prontos?” , “será que o Brasil aguenta uma Copa do Mundo ?” , e isso está ocorrendo e estão esquecendo das escolas
ResponderExcluirMarcelo Tadeu Nº10 1ºEM
Na minha opinião, o sistema brasileiro de educação está muito longe de ser um sistema correto e adequado. Muitos alunos passam de ano sem saber ler nem escrever, só conseguem passar de ano porque o sistema admite esse tipo de coisa.
ResponderExcluirCada vez mais pessoas como o “Mike” passam de ano sem saber nada, e o sistema está ciente disso. Eu considero isso um um problema muito sério, as pessoas crescem sem ler e nem escrever, provavelmente não vão arruma um emprego digno, e vão ter uma vida muito difícil, por causa dessa ação do governo e do sistema.
Mateus Andrade Nº11 1ºEM
Desde já deixo claro que a história de Mike reflete bem o caos que o ensino educacional está hoje. Esse fato do governo querer passar de ano as crianças que não sabem ler nem escrever é um absurdo. Como uma criança que não tem uma boa base escolar pode se tornar um cidadão capacitado de amanha?
ResponderExcluirEu tenho um conhecido que está na 5ª série e assim como o Mike não sabe ler nem escrever seu próprio nome, só tem uma diferença, os pais deles sabem ler e escrever porem não se importam com o futuro do filho.
Certa vez uma pessoa pergunto para ele o que ele esperava do seu futuro e ele respondeu: " Eu não to nem ai pra escola, meu futuro vai ser ficar catando latinha".
Concluo que as famílias deveriam ser o maior incentivo na vida de seus filhos para que eles venham a ter um futuro profissional e uma boa educação.
Bianca Rosario 2º M
Para mim isso é uma vergonha, não por culpa dos pais de Mike, mas sim pelo nosso programa institucional e do governo. Nenhum tem a minimacapacidade de ver que nosso, País esta decaindo em educação, se já não estiver no buraco. A história de Mike, digamos que é triste, pois ele não sabia ler e escrever, e assim enganava seus pais.
ResponderExcluirMas, ivés de acontecer isso, o governo deia investir em educação, saúde em coisas mais uteis e nã osomente em que é "cultura" aqui, como o futebol e o carnaval, os politicos só visam/pensam neles mesmos e em oq qurem pensar
Victor Marques 2° E.M.
A história do Mike parece ser surreal!Por que como pode uma pessoa estar na escola há 5 anos e não saber ler ou escrever?Mas temos esse pensamento pelo fato de nunca termos presenciado uma situação como está, mas se pararmos e prestarmos a atenção, essa é a realidade de muitos jovens atualmente.
ResponderExcluirO triste é saber que, por mais que o aluno não saiba nada o professor é obrigado á aprová-lo, fato este que atrasa e prejudica ainda mais o aprendizado, pois cada ano é passado um conteúdo novo.E se a pessoa não sabe nem ler e escrever, como poderá entender e aprender o que lhe é passado?
Atualmente os governantes do país dizem e prometem que vão investir e melhorar a educação, mas não passam de promessas, pois passa ano após ano e oque podemos ver são pequenas mudanças, que estacionam e não evoluem.Um outro problema que está presente na educação, é a falta de interesse dos professores em ensinar, isso quando não falta profissional capacitado para dar aula.
Todos esses fatos acabam desmotivando os jovens a querer aprender e ser alguém na vida, além, de alguns possuírem pais analfabetos, como é o caso dos do Mike, que não conseguem instruir e orientar os filhos.
Enfim, a educação está com um nível bem baixo, independente, se a pessoa está no ensino fundamental, médio ou superior.E se continuar da maneira que está a tendência é só piorar.
Naara Garcia 3°EM
Como percebi, Mike tinha uma certa dificuldade em aprender, e obviamente, pessoas com dificuldade de aprendizagem precisam de uma atenção maior, uma coisa que Mike, pelo visto, não teve.
ResponderExcluirFaltou força de vontade dos professores anteriores de Mike, porque se ele tivesse recebido a atenção e apoio necessário, ele não estaria ali. E com os pais sendo analfabetos, o garoto não teve a oportunidade de receber uma ajuda maior em casa, o que também dificultou o aprendizado do mesmo.
A alfabetização é fundamental, sem isso, tudo começa a se limitar. E além de causar um peso enorme na pessoa, também acaba prejudicando o desenvolvimento do país. E infelizmente, a educação no Brasil ainda tem estado péssima, mais de milhões de pessoas mal sabem escrever seu próprio nome, e assim me pergunto: Será que, com o tempo, o governo começará a se importar mais com isso e a educação no país finalmente progredirá ao invés de regredir?
Gabriella Martins 3ºEM
No meu conceito, esse texto retrata a realidade do Brasil, não só de agora mas de muitos anos.Onde os governantes, se preocupam mais com coisas fúteis do que com a própria educação.
ResponderExcluirPorque um país investe milhões em carnavais, futebol e migalhas nas escolas públicas? Se eles querem tanto ser um país de primeiro mundo, deviam se preocupar não só com futilidades, e sim em formar cidadãos com dignidade, honra e respeito, que são o futuro do Brasil.
Tenho certeza que não sou a única que tem esse sentimento de revolta, e ao mesmo tempo quero mudar isso, eu sozinha não consigo, mas se todos tiverem essa consciência, juntos podemos fazer um país melhor.Como diz no nosso hino nacional: 'Ó Pátria amada, idolatrada, salve salve'',e é justamente isso que temos que fazer, salvar o futuro dessa linda Pátria.
Letícia Barbosa 2° E.M.
Salve &Salve Twix
ResponderExcluirA educação é a principal ferramenta de comunicação, fundamental na formação de novas crianças, sendo que, somente através da educação é possível vislumbrar um futuro melhor, mas justo e menos desigual.
A partir do momento que o individuo por força maior do governo consecutivamente avança o grau escolar, deixa de incentivar e provar a juventude de sua capacidade, o simples fato de ingressar no ano seguinte não representa nada, senão um diploma 'falso' que iludem os jovens de oportunidades.
Não é escola ou mensalidade que adquirem conhecimento, mas sim a própria força de vontade dos alunos.
Mike por exemplo, isolou a oportunidade que o pai dele não teve.
Luccas Nunes, CEC -
Hoje em dia tem autoridades que só pensa eu seu dinheiro que não quer saber mais do alunos só pensa em empurrar o aluno e está tudo bem.
ResponderExcluirPois para mim não está nada bem porque um ensino bom e uma boa escola e uma boa escola e bom professores e professores são boas autoridades bons autoridades e um bom ensino, porque se não tiver boas autoridades e professores não terá um aluno na faculdade.
Porque as crianças além de não poder apreder não poderá no futura dar um ensino bom para outra criança que precisa e não terá uma faculdade almpla e bem sucedidase lá trás não teve a possibilidade de ter um bom estudo e de aprender.
Não podemos ter escolas que só fala você passou de serie e a não ter um ensino bom e sim temos que lutar para o ensino dos nossos filhos porque sei que 90% de pais so querem o futuro bom para o seu filho e não o pior.
E a minha conclusão é que todos temos que ter um estudo bom não importa se é rico ou pobre todos nos temos que ter ensino igual e melhor para todos.
Simone Oliveira Marcelino
Mike pode não ter tido um bom aprendizado por vários motivos.Ele pode não ter tirado suas duvidas,os professores podem não ter se importado com ele,mais,o assunto em questão foi do professor(a) não demonstrar interesse no aluno,e tê-lo deixado ir adiante.Além disso ser um erro grave,o(a) professor(a) próximo ano não tomou nenhum tipo de providencia,como avisar a escola sobre o estado do aluno,ou avisar que o professor(a) fez tal erro.
ResponderExcluirPorem,acredito que a solução,para não ser injusto com o mike,seria que ele fizesse aulas extras para o alfabetizado,assim, não seria privado de se socializar com pessoas da própria idade e seria alfabetizado ao mesmo tempo.
Vitor Tello -Euclides da cunha 2º ano