POR MARI MONTEIRO
Inquietante.
Intenso.
Sensível.
Uma vez que se assiste a um filme sabendo que o mesmo é
baseado em FATOS REAIS, o enredo possui um “peso” diferente. A primeira coisa
que me veio à mente ao terminar de ver este filme foi: “E se amanhã eu
acordasse totalmente da liberdade que gozo hoje e longe de todos que conheço?” Passei
algum tempo pensando sobre esta questão e conclui que, muito provavelmente, não
teria a CORAGEM e a RESILIÊNCIA que Solomon Northup teve durante longos e
sofridos DOZE ANOS.
Entremeando a trama do enredo central, encontramos questões
polêmicas como: a violência psicológica;
o abuso moral; o VALOR e o PODER da ESCRITA e a força interior que nos move
quando temos PARA QUEM e PARA ONDE
voltar.
Enfim, há aspectos abordados durante o filme que, por mais
que neguemos, não mudaram tanto assim no mundo contemporâneo... Se disser mais,
“darei o spoiler”. Então, sinta-se à vontade para descobrir por si mesmo o
quanto é possível sobreviver às mais terríveis humilhações quando isso, em
determinando momento, é somente o que se tem.
“ Breve sinopse: 1841. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é
um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após
aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado.
Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e
emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores,
Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à
sua maneira, explora seus serviços. “ ( In. http://www.adorocinema.com/filmes/filme-196885
- acesso em 22/06/2014)
RECOMENDO!!! Pois,
assim como sempre digo com relação a
obras literárias, vale o mesmo para filmes. Obra boa é aquela que te inquieta e
remexe o que temos ali guardadinho... Coisas que, por vezes, nem sabíamos que possuíamos
até então... Ou seja, até precisarmos tanto delas...
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