POR MARI MONTEIRO
Quando vejo bons
filmes, gosto de fazer anotações para futuras resenhas ou artigos. Nesta noite
fria de domingo (05 de julho) não foi diferente. Mesmo com as mãos congelando,
tive de escrever algumas das tantas coisas que me passaram pela cabeça.
Confesso que dei uma enrolada pra ver o filme: “E SE EU
FICAR...” (as reticências são por minha conta, sempre achei que devessem
existir rsrs). A princípio, achei que fosse mais um roteiro para adolescentes, desta
vez, não havia lido o livro. Pensei em um enredo emocionante, mas sem
profundidade. Ledo engano. E que ADORÁVEL ENGANO!
Para mim, filme bom é aquele que me ENSINA algo e, pra isso,
mexe com meus sentidos. E este filme fez isso. Para começar, tem a música como um
elemento que vai além de um “pano de fundo”.
Num crescente, a música funciona como um elemento capaz de transformar
as escolhas e os caminhos dos protagonistas. Diferentes estilos musicais se
misturam de uma forma harmoniosa e bela. Já de saída me apaixonei pela “presença”
de Iggy Pop.
Muitas falas do filme povoarão minha mente por dias. Conheço-me.
Isso é ótimo. Faz-me pensar, rever situações e mudar atitudes e conceitos. Uma delas é: “ÀS VEZES VOCÊ FAZ ESCOLHAS; ÀS VEZES, AS ESCOLHAS FAZEM VOCÊ!”.
Concordo plenamente.
Em menos de vinte minutos de filme, eu já era a Mia. Vivenciei suas alegrias e seus dramas. Filme é pra isso, para EXPERIMENTAR DIFERENTES
SITUAÇÕES SEM NECESSARIAMENTE ESTAR NELAS. E, modéstia à parte, quando leio um
livro ou vejo um bom filme, eu faço isso muito bem. Acredito mesmo que este
seja um dos papéis mais importante das ARTE em geral: nos levar para lugares onde nunca estivemos ou nunca estaremos.
Até mesmo alguns versos das músicas cantadas no filme nos
levam a pensamentos férteis... “HOJE É O MELHOR DIA QUE JÁ VIVI. NÃO POSSO
VIVER PARA O AMANHÃ. POSSO NÃO CHEGAR TÃO LONGE.” E quem vai discordar disso?
Em outro momento, Adam faz um questionamento à Mia sobre um
assunto comum, mas que eu nunca havia pensado por este ângulo: “JÁ TEVE UM
RELACIONAMENTO À DISTÂNCIA? É RIDÍCULO! É COMO NAMORAR UM FANTASMA!” Isso é
forte gente...
Outros aspectos me ensinaram muito. Ensinaram-me tanto que
os listarei aqui que é pra, volta e meia, reler e repensar:
-E se tudo que eu precisasse pra ficar viva dependesse das boas
lembranças?
- De quais momentos me lembraria?
- O que me prenderia a este mundo? Quais seriam meus motivos pra ficar?
Cheguei a pensar: “Putz, sou uma mulher adulta (madura até;
madura não...” no “ponto” vá! Kkkkk)” e,
se fosse pega à queima roupa por uma situação destas, não saberia responder
nada disso... E, mais, descobri que cada um constrói o próprio cenário e que
é este cenário que define nossas
prioridades. DEPOIS DE ONTEM, PENSAREI
COM MUITO MAIS CARINHO E COM MUITO MAIS CAUTELA NA
CONSTRUÇÃO DO MEU CENÁRIO.
Foi muito bom. O choro foi bom. O aprendizado foi bom.
Minha mãezinha entrando no quarto com uma xícara de chá de camomila quentinha e
me dando uma dura porque eu estava soluçando em frente à TV. (minhas lágrimas
se misturaram ao chá). ESTA É UMA LEMBRANÇA BOA QUE GUARDAREI PRA SEMPRE.
Enfim, gosto de acreditar (alguns me chamam de tola por isso, não me importo) que EXISTEM AMORES ASSIM: CAPAZES DE NO SALVAR DE QUALQUER COISA, CAPAZES DE NOS FAZER FICAR...
Deixo pra vocês o que considero uma das melhores cenas do filme, talvez porque (sem spoiler rsrs) seja uma das LEMBRANÇAS MAIS FORTES DE MIA:
Enfim, gosto de acreditar (alguns me chamam de tola por isso, não me importo) que EXISTEM AMORES ASSIM: CAPAZES DE NO SALVAR DE QUALQUER COISA, CAPAZES DE NOS FAZER FICAR...
Deixo pra vocês o que considero uma das melhores cenas do filme, talvez porque (sem spoiler rsrs) seja uma das LEMBRANÇAS MAIS FORTES DE MIA:
Nenhum comentário:
Postar um comentário