POR MARI MONTEIRO
O documentário: “HUMANO” consiste, sobretudo, numa
oportunidade ímpar de nos tirar da zona de conforto; de nos fazer enxergar,
através de diferentes olhares, os mais profundos e complexos pontos de vista.
É, em minha opinião, um “soco na boca do estômago” de todos aqueles que se
acomodaram com as condições humanas e que nada veem além do próprio umbigo.
O referido documentário pode, inclusive, ser amplamente
divulgado nas escolas de todo o mundo. Primeiro, porque sua riqueza de
abordagens histórica, geográfica e étnica oferece excelentes subsídios para
debates e reflexões. Segundo, porque pode ser assistido por partes, de acordo
com os interesses e metas de determinado grupo (vídeos disponíveis no youtube).
E, por fim, porque, inevitavelmente, ao realizar qualquer tipo de
trabalho/atividade em torno das imagens e dos depoimentos, estaremos aguçando o
que temos de mais humano em nós: A NOSSA CAPACIDADE DE EMPATIA, DE NOS COLOCAR
NO LUGAR DO OUTRO E VISLUMBRAR, AO MENOS OS LAMPEJOS, DE SUAS DORES E DE SEUS
SONHOS.
SINOPSE: Humano é uma coletânea de histórias e de imagens de nosso mundo para
criar uma imersão nas profundezas do ser humano. Através dos testemunhos cheios
de amor, felicidade, mas também de ódio e de violência. HUMANO nos confronta
com o “Outro” e remete-nos para as nossas próprias vidas. Desde o menor detalhe da vida cotidiana até as histórias de vida mais surpreendentes,
esses encontros comoventes, de uma sinceridade rara, destacam o que somos e a
nossa parte mais escura, mas também o que há de mais bonito e mais universal em
cada um de nós. A Terra é sublimada através de imagens aéreas
inéditas acompanhadas por música, que refletem a beleza do mundo e oferecem-nos
momentos de respiração e introspecção. Humano é um trabalho empenhado que nos permite abraçar a condição
humana e refletir sobre o sentido da nossa existência.
Este documentário reúne uma coleção de
testemunhos de pessoas em todo o planeta Terra
em diversas situações da vida. O
diretor entrevistou mais de 2000 pessoas em
65 países, para selecionar 110 delas.
Os tópicos abordados incluem entre outros: o amor; a sobrevivência; a
imigração; a homossexualidade; a coragem...
O diretor do documentário Yan Arthus-Bertrand (nascido em Paris, em 13 de
março de 1946) é fotógrafo, jornalista, repórter e ambientalista francês. Ele pertence a uma família de
renomados joalheiros, fundada por Claude Arthus-Bertrand e Michel-Ange Marion.
Sua irmã Catherine é um de seus colaboradores mais próximos. Ele se interessou
pela natureza e pela vida selvagem ainda na infância. Originalmente, sua
especialidade era a fotografia de animais, mas logo a fotografia aérea mudou
seu rumo; fez fotografias ao redor de todo o mundo.
Ele publicou mais de 60 livros com suas fotografias feitas em
helicópteros e balões. Seu trabalho foi publicado várias vezes na Revista National Geographic e exibido em diversos países.
Arthus-Bertrand é um membro da "Académie des Beaux-Arts de
l'Institut de France". Uma de suas fotos mais conhecidas é a de um
manguezal com forma de coração na Nova Caledônia, que foi utilizada como capa
para seus livros The Earth from the air e The Earth from above. (Wikipédia).
Um dos depoimentos,
selecionados por mim dentre todos que são igualmente relevantes, está o relato
de Maria, uma " sem-terra " . Quando ela chegou ao acampamento
Umberto Frei, no Brasil, ela não tinha nada , ela estava com fome . Mas ela
teve ajuda . Ela começou a trabalhar nas colheitas de feijão, milho ... Agora ela tem o seu campo, seu
burro. Ela também freqüenta as aulas para aprender a ler e escrever. Ela é
simplesmente feliz.
Precisamos urgentemente, imensamente, intensamente aumentar nossos esforços em ações que tenham como objetivo nos tornarmos mais humanos!
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