POR MARI MONTEIRO
Não é algo novo.
O nome é que tem sido mais divulgado pela mídia. A expressão cyberbullying
refere-se a uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e
comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis
praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar outrem. Como
tem se tornado mais comum na sociedade, especialmente entre os jovens.
Atualmente legislações e campanhas de sensibilização têm surgido para
combatê-lo. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cyberbullying)
Sempre
afirmo que A PALAVRA TEM PODER. Muito poder. Imagine palavras associadas a
imagens, fotos, vídeos, montagens etc.! De um modo geral, quando ocorre o
cyberbullying, ele está acompanhado de tudo isso. O que faz com que a
vítima sinta-se duplamente agredida
devido ao apelo visual e a exposição da imagem. O constrangimento advindo desta
prática pode trazer sérios danos MORAIS, PSICOLÓGICOS e até FÍSICOS.
No Brasil,
assim como em outros países, há como recorrer à lei. “(...) O Poder Judiciário
não está silente tampouco inerte ou ausente frente às demandas que têm tratado
do problema.Tanto assim que na esfera cível muitas condenações tiveram por base
os atos de bullying ou cyber bullying, inclusive por atos praticados por
menores. O dano moral é evidente e inconteste nos casos em que se trata do
cyber bullying ou do bullying e não são poucas, nem irrisórias as indenizações
que se aplicam aos bullies (agressores ou praticantes do bullying). É o caso
dos Tribunais de Minas Gerais, São Paulo e Paraná que entre os anos de 2008 e
2011 julgaram inúmeros casos relacionados a danos morais decorrentes do uso
impróprio do site de relacionamentos , lesando a honra das vítimas. (...)” (http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10882)
Contudo,
são raras as vítimas que denunciam e
procuram ajuda. Não há ORIENTAÇÕES SATISFATÓRIAS – na maioria dos casos – por parte
das escolas e das famílias sobre como o indivíduo deve proceder. Fato é que não
se pode permitir que este tipo de hostilidade fique impune. Pois, a médio ou longo prazo, os
acontecimentos (ou fragmentos deles) podem trazer à tona sérias consequências
para a vítima, comprometendo seu desenvolvimento global. Os efeitos disso podem
ser catastróficos e surpreendentes. A vítima tanto pode se tornar acuada e extremamente tímida, como pode se tornar violenta. Prova disso
são os inúmeros casos de ex - alunos que voltam às suas antigas escolas atirando
a esmo, provavelmente como uma forma equivocada e criminosa de extravasar sentimentos
represados por um longo período.
Daí a
necessidade de dar atenção a estes casos; acompanhar MAIS DE PERTO os sites de relacionamento
frequentados pelos jovens, auxiliando-os na tarefa de FILTRAR o que postam e o
que é postado. É fato que na internet há muito mais ASPECTOS POSITIVOS que
negativos. Porém, na mesma proporção que o indivíduo se sente feliz ao ser
elogiado numa foto ou postagem, ele se sentirá desconfortável quando ocorrer
qualquer forma de HOSTILIZAÇÃO. A frase mais ouvida no meio escolar quando a
questão é abordada é: “FOI ZUEIRA PRÔ! PEGA NADA!”. Em alguns casos, a própria
vítima comporta –se de modo subserviente ora por ser “cúmplice” (manifestando
uma necessidade de se destacar no grupo), ora por temer represálias.
Além da
atenção dispensada aos sites ( que cabe única e exclusivamente à FAMÍLIA)e do CONSTANTE
DIÁLOGO com os jovens (onde cabe uma
parceria entre escola e família), recomendo aos pais e professores que
assistam ao filme “CONFIAR”.
Confira a
sinopse: “Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener) têm três filhos. Enquanto
um está prestes a entrar para a faculdade, a filha do meio, Annie (Liana
Liberato), começa a apresentar os sintomas comuns das adolescentes que querem
se parecer mais velhas e ser aceitas entre seus pares. Publicitário bem
sucedido e envolvido com a profissão,
Will procura ter uma relação de confiança com os filhos, mas Annie inicia um
relacionamento no computador com um jovem de 16 anos e dá continuidade através
do telefone. Sem que seus pais soubessem, ela aceita o convite dele para um
encontro, mas a surpresa que ela tem no primeiro momento é só o começo de um
pesadelo que marcará para sempre a sua vida e a de sua família.” (http://www.adorocinema.com/filmes/filme-174066/)
Para
finalizar, recomendo ainda muita atenção à mudança de comportamento da vítima
de cyberbullying e ao último DIÁLOGO entre a filha e seu pai. IMPAGÁVEL!
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